UE retira Espanha da lista de países com desequilíbrios excessivos
Bruxelas, 5 mar (EFE).- A Comissão Europeia retirou hoje a Espanha da lista de países com desequilíbrios macroeconômicos excessivos, ao considerar que a nação fez um “grande ajuste” em 2013, mas advertiu para riscos e recomendou “reformas adicionais” no mercado de trabalho.
O órgão considerou que os desequilíbrios macroeconômicos na Espanha diminuirão ao longo do tempo, mas ressaltou que “os riscos estão ainda presentes” e que o país necessitará de uma supervisão específica e implementar “medidas decisivas” para corrigi-los.
Segundo a Comissão, “em várias dimensões o ajuste dos desequilíbrios identificados em 2013 como excessivos avançou claramente e a volta a números de crescimento positivos reduziu os riscos”.
No entanto, o órgão advertiu que “a magnitude e a natureza interrelacionada dos desequilíbrios, em particular os elevados níveis de dívida interna e externa, significam que os riscos estão ainda presentes”.
Mais especificamente, explicou a Comissão Europeia, a elevada dívida dos setores privado e público, tanto interna como externa, segue representando riscos para o crescimento e a estabilidade financeira, e o desemprego permanece em “níveis alarmantes”.
A Espanha terá que manter a reorientação do sistema produtivo em direção a setores de exportação e à recuperação da competitividade internacional, a fim de reduzir as grandes obrigações externas que tem e a carga que isso acarreta em termos de um fluxo negativo de receita.
Por último, a Comissão abordou o estado das finanças públicas da Espanha, ao afirmar que uma receita significativamente menor que o esperado, despesas sociais mais elevadas e os custos da recapitalização de parte dos bancos “geraram uma grande pressão sobre os déficits públicos e um aumento pronunciado na dívida”.
Neste sentido, o órgão afirmou que a Espanha poderia ter descumprido o objetivo de déficit de 6,5% do PIB fixado para 2013, embora as melhores perspectivas macroeconômicas deveriam permitir conseguir neste ano a meta de 5,8%. EFE
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