UE se mostra otimsta em relação a acordos na COP20

  • Por Agencia EFE
  • 05/12/2014 21h29

Lima, 5 dez (EFE).- Os porta-vozes da delegação da União Europeia (UE) se mostraram otimistas durante a 20ª cúpula das Nações Unidas sobre mudança climática (COP20) em relação à possibilidade deserem firmados acordos na próxima semana, apesar de “nem todos os países estarem satisfeitos”, declarou a chefe da delegação da Comissão Europeia, Elina Bardram.

Em entrevista coletiva, Bardram e o italiano Francesco La Camera, em qualidade de representante da Itália, país que ocupa a presidência rotativa do Conselho da Europa, destacaram o “ambiente positivo e construtivo” que deu início às negociações.

“Tivemos um início relativamente bom. Embora as partes se mantenham em silêncio, as negociações continuam. Não quer dizer que todos os países estejam satisfeitos, mas deve-se manter a orientação construtiva” para preparar o caminho para (a próxima COP, em) Paris, onde será feito, no próximo ano, o novo acordo sobre a mudança climática”, disse Bardram.

“Está claro que na próxima semana teremos que multiplicar nosso trabalho para ter um resultado positivo em Lima. Temos que abandonar nossas comodidades e buscar pontos para construir o progresso com as outras partes”, acrescentou.

A representante europeia explicou que o texto em debate “tem centenas de opções e posições muito opostas”, que precisarão ser trabalhadas para se resumirem a uma proposta que leve essas opções para a frente.

A chefe da delegação europeia ressaltou a importância de a COP20 dedicar um dia na próxima semana para o debate sobre a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de florestas (REDD), um mecanismo que reconhece o serviço das florestas como locais de armazenamento de carbono.

“É uma excelente oportunidade para dar mostras de ação concretas que contribuam para que a mudança tenha efeito. Esperamos que nos inspire para mais iniciativas e que seja uma ajuda real na redução das emissões de gases poluentes em nível global”, afirmou.

Questionada sobre a meta posta pelo Fundo Verde para o Clima (GFC) de arrecadar 100 bilhões de dólares de capitalização em 2020 para apoiar os países em desenvolvimento, ela disse que se pode chegar a essa quantia por outros mecanismos.

A delegada europeia declarou ainda que “o Fundo Verde é parte do quebra-cabeças e não é o único canal de entrega para esses 100 bilhões (…), já que há fundos de investimento que também podem ajudar”.

O objetivo da COP20 de Lima é estabelecer um documento base sobre redução de emissões de gases do efeito estufa e conseguir que o financiamento de ações contra a mudança climática seja aprovado na COP21 de Paris, em 2015, para que substitua o Protocolo de Kioto a partir de 2020. EFE

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