Uganda confirma rendição de alto comandante de grupo rebelde LRA
Campala, 7 jan (EFE).- O Exército de Uganda confirmou nesta quarta-feira a rendição de Dominic Ongwen, um alto comandante do grupo rebelde Exército da Resistência do Senhor (LRA, na sigla em inglês).
O porta-voz do Exército, tenente-coronel Paddy Ankunda, explicou que Ongwen foi identificado por outros ex-combatentes do LRA. Agora, o alto comandante está sob custódia dos Estados Unidos.
Apesar da certeza, Ankunda explicou que serão realizados exames de DNA e análises complementares para não haver dúvidas sobre a identidade do preso.
Dominic Ongwen é um dos cinco comandantes do LRA acusados no Tribunal Penal Internacional (TPI) desde 2005, a pedido de Uganda. No entanto, acredita-se que apenas o líder do grupo, Joseph Kony, esteja vivo. Os outros três, Vicenti Otti, Okot Odhiambo e Raska Lukwiya, podem já estar mortos.
Segundo o porta-voz, Ongwen está em na base militar de Obbo, em Uganda, local utilizado como centro de operações da força multinacional da União Africana, que recebe apoio de tropas especiais dos EUA.
Apesar da detenção de Ognwen, a Uganda se encontra em uma situação delicada em relação ao TPI.
O país é o primeiro interessado no julgamento do alto-comandante no tribunal, já que o próprio presidente Yoweri Museveni, levou o caso à corte.
No entanto, nos últimos meses Museveni criticou durante o TPI pela acusação do presidente e vice-presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta e William Ruto, liderando os esforços empreendidos por vários países africados para abandonar o tribunal em bloco.
“(Abrimos um processo de) consultas com todos os atores envolvidos”, explicou.
Ankunda informou que o país manterá reuniões com representantes das Nações Unidas, do próprio TPI e com diplomatas ocidentes para buscar a melhor maneira de tramitar o caso. EFE
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