Última etapa do julgamento do massacre do Carandiru termina hoje
Termina hoje a última etapa do julgamento do massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992 e que resultou na morte de 111 presos. Nesta fase, 15 policiais militares, que integravam o COE, respondem pelo assassinato de oito pessoas e outras duas tentativas de homicídio.
Esses crimes aconteceram no 3º andar do Pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção, na zona Norte de São Paulo. Nesta terça-feira, durante a fase de debates, o Ministério Público pediu a absolvição dos réus em quatro mortes e nas tentativas de homicídios.
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Essas mortes foram causadas por armas brancas e, embora os policiais usassem baionetas, não é possível afirmar que foram eles os autores. O advogado Celso Vendramini, que defende os acusados, acredita na absolvição de seus clientes diante da falta de provas.
Um dos promotores designados para o caso rebate a alegação de falta de provas e espera pela condenação dos réus. Em entrevista ao repórter Andre Aguiar, Márcio Friggi disse acreditar em um resultado semelhante ao das outras etapas do julgamento.
O julgamento será retomado nesta quarta-feira com a réplica e a tréplica e, em seguida, os jurados decidirão o futuro dos réus. Ao todo, nas outras três fases do júri, 58 policiais militares foram condenados pelas mortes de 73 presos durante o Massacre do Carandiru.
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