Último grupo de 15 PMs é condenado a 48 anos por massacre do Carandiru
São Paulo, 2 abr (EFE).- Os últimos 15 policiais militares julgados pela participação no massacre do Carandiru foram condenados nesta quarta-feira a 48 anos de prisão cada um pelo assassinato de quatro presos.
Os PMs, do Comando de Operações Especiais (COE), foram considerados culpados do assassinato de quatro internos no terceiro andar do pavilhão 9 do Carandiru durante uma grande operação policial que tinha por objetivo aplacar um motim de detentos.
O júri absolveu os policiais de outros quatro assassinatos e duas tentativas de homicídio dos quais também eram responsabilizados pela acusação, segundo a sentença lida pelo magistrado Rodrigo Tellini.
A condenação aplicada foi a mínima prevista na legislação, 12 anos de prisão por cada um dos assassinatos, o que seguiu a tônica das sentenças anteriores ditadas no julgamento, que começou em abril de 2013.
Com a sentença de hoje, um total de 73 policiais, dos cerca de 300 que participaram da operação, foram considerados culpados materiais pelo massacre, ocorrida no dia 2 de outubro de 1992 e que terminou com a morte de 111 detentos.
A Justiça só apresentou acusações contra os policiais sobre os quais existem provas que abriram fogo contra os detentos nos corredores e celas da prisão. Devido ao grande número de acusados, o processo se dividiu em quatro fases, uma por cada um dos andares do presídio.
Os condenados poderão recorrer da sentença em liberdade e em nenhum caso cumprirão mais de 30 anos de prisão, que é o máximo estabelecido no Código Penal. EFE
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