Um dos presos de Guantánamo refugiados no Uruguai deseja deixar o país

  • Por Agencia EFE
  • 27/12/2014 13h47

Montevidéu, 27 dez (EFE).- Um dos seis ex-detentos que saíram da prisão de Guantánamo que se refugiaram no Uruguai deseja sair do país por razões familiares, segundo declarações de um destacado membro do sindicato que os tutela publicadas neste sábado na imprensa local.

A avançada idade dos pais deste ex-prisioneiro os impediria de viajar para viver no Uruguai, e por isso ele quer viajar, explicou o secretário de Relações Internacionais do sindicato PIT-CNT, Fernando Gambera, à “Rádio Carve”.

O representante do sindicato disse que os pais deste refugiado estão na Palestina, por isso acredita-se que se trate de Mohammed Tahamatan, original daquele país, publicou o jornal “El Observador”.

“Eles têm total liberdade de ir. Nós teremos que tentar dar nossa solidariedade e apoiar, mas a decisão é do foro íntimo de cada um. Qualquer deles sabe que essa parte do mundo é uma área quente”, esclareceu Gambera.

O sindicalista se mostrou convencido que quando começarem a trabalhar se sentirão mais integrados à sociedade uruguaia, e informou que dois deles trabalharão na construção civil desde meados de janeiro e que outros têm ofertas ligadas as suas profissões.

A transferência dos detentos faz parte do programa de fechamento da prisão de Guantánamo adotada pelo presidente americano, Barack Obama, em 2008.

O Uruguai ofereceu sua colaboração e na madrugada de 7 de dezembro seis presos – quatro sírios, um palestino e um tunisiano – considerados de baixo perfil e risco pelos Estados Unidos chegaram a Montevidéu.

O sindicato PIT-CNT acordou com o governo uruguaio sua tutela oferecendo hospedagem temporária e ajudando-os nos aspectos básicos de sua adaptação social e laboral. EFE

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