Um dos terroristas do massacre em Garissa era filho de um político do Quênia

  • Por Agencia EFE
  • 05/04/2015 15h31
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Nairóbi, 5 abr (EFE).- Um dos quatro terroristas do Al Shabab que mataram 148 pessoas na quinta-feira na Universidade de Garissa foi identificado como o queniano Abdirahim Abdulahi, filho de um político da cidade de Mandera, informou neste domingo a imprensa local.

Abdulahi foi identificado ontem quando as Forças de Defesa do Quênia (KDF, na sigla em inglês) exibiram os corpos dos quatro terroristas na parte traseira de um veículo que se locomovia em baixa velocidade pelas ruas de Garissa, segundo o jornal “Standard”.

Seu pai, cujo nome não foi revelado, alertou às autoridades que seu filho tinha desaparecido e que suspeitava que havia viajado à Somália, já que no último ano não tinha querido dar pistas sobre seu paradeiro, de acordo com o mesmo jornal.

Aparentemente, o pai já tinha denunciado que Abdirahim poderia ter se unido ao grupo islamita Al Shabab quando cursava o segundo ano de Direito na Universidade de Nairóbi.

Uma pessoa de seu entorno o definiu como “um advogado brilhante com um futuro promissor” e ,segundo seu histórico escolar, concluiu o ensino médio com um currículo impecável.

“É muito importante e crítico que os pais cujos filhos desapareçam ou mostrem sintomas de terem sido expostos ao extremismo violento avisem imediatamente às autoridades para evitar que sua radicalização ganhe força”, alertou o porta-voz do Ministério do Interior do Quênia, Mwenda Njoka.

Por sua parte, o comissário do distrito de Mandera, Alex Nkoyo, comentou ao “Standard” que estão esperando “a confirmação oficial, mas o pai já avisou que (Abdirahim) tinha cortado laços com sua família e o governo tinha conhecimento disso”.

Ontem os corpos dos quatro terroristas foram exibidos nus para que a população local ajudasse a identificá-los e centenas de pessoas, inclusive crianças, se reuniram nas ruas para ver os corpos e alguns lhes atiraram pedras e insultaram, informou o “Standard”.

Cinco pessoas foram detidas por envolvimento com o massacre, três delas quando tentavam fugir à Somália, e ainda se procura o suposto autor intelectual, Mohammed Kuno, que segue em paradeiro desconhecido. EFE

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