Unasul pede aos EUA que revoguem decreto que declara Venezuela uma ameaça

  • Por Agencia EFE
  • 14/03/2015 22h30
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Quito, 14 mar (EFE).- A União de Nações Sul-americanas (Unasul) solicitou neste sábado aos Estados Unidos que revogue o decreto que declara uma “emergência nacional diante do risco extraordinário” que a Venezuela representaria para sua segurança.

Os chanceleres da Unasul informaram sobre o pedido ao fim de uma reunião extraordinária realizada em Quito, onde expressaram sua rejeição à medida dos EUA, que qualificaram de “ameaça intervencionista à soberania e ao princípio de não-intervenção” em assuntos de outros Estados.

Os 12 ministros do bloco se reuniram na sede da Unasul para conversar sobre a ordem executiva americana e conhecer um relatório de uma comissão de chanceleres que visitou Caracas no último dia 6, e, ao término da sessão, tornaram público o comunicado que pede que os EUA ponham em prática “alternativas de diálogo com o governo da Venezuela”.

Também disseram que continuarão “acompanhando o diálogo político com todas as forças democráticas venezuelanas”, e manifestaram seu apoio à realização das eleições parlamentares, previstas para final de ano no país sul-americano.

“Os Estados-membros da Unasul expressam que a situação interna na Venezuela deve ser resolvida pelos mecanismos democráticos previstos na Constituição venezuelana”.

Os ministros das Relações Exteriores lembraram o “compromisso com a plena vigência do direito internacional, a solução pacífica de controvérsias e o princípio de não-intervenção, e reiteram seu pedido para que os governos se abstenham da aplicação de medidas coercitivas unilaterais que transgridam o direito internacional”.

Participaram os chanceleres dos 12 países que formam o bloco: Argentina, Héctor Timerman; Bolívia, David Choquehuanca; Brasil, Mauro Vieira; Colômbia, María Ángela Holguín; Equador, Ricardo Patiño; Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett, Peru, Gonzalo Gutiérrez; Suriname, Winston Lackin; Uruguai, Rodolfo Nin Novoa; Venezuela, Delcy Rodríguez; Paraguai, Eladio Loizaga, e Chile, Heraldo Muñoz. EFE

jsm/cd

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