União Africana dá prazo para exército de Burkina Fasso criar governo civil
Adis-Abeba, 3 nov (EFE).- A União Africana (UA) deu um prazo de duas semanas ao exército de Burkina Fasso para que devolva o país a seu marco constitucional e instaure um governo de transição dirigido por civis.
O Conselho de Paz e Segurança desta instituição anunciou sua resolução após uma sessão executiva que se prolongou durante três horas, nas quais analisou a situação de Burkina Fasso desde a revolta popular da quinta-feira passada que provocou a renúncia de seu presidente, Blaise Compaoré.
No sábado, o exército proclamou como chefe de Estado o tenente-coronel Isaac Zida, que ordenou um desdobramento militar na capital do país para reprimir os protestos e tomou o comando da televisão pública.
O golpe de comando do exército foi visto com receio pela comunidade internacional desde seu início, com uma expressa rejeição das Nações Unidas, da União Africana e a Comissão da Comunidade Econômica de Estados do África Ocidental (Cedeao).
O ultimato lançado hoje pela União Africana, do qual por enquanto não deu mais detalhes, acontece horas depois que Zida dissesse que já está negociando com representantes sociais para instaurar um regime civil transitório.
Segundo o militar, “Burkina Fasso retomará uma vida constitucional normal no menor tempo possível”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.