União Africana suspende Burkina Fasso após golpe de Estado
Nairóbi, 18 set (EFE).- O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) decidiu nesta sexta-feira vetar a participação de Burkina Fasso nas atividades da organização pan-africana após o golpe de estado proclamado ontem por uma facção do exército desse país.
“Congratulo a decisão do Conselho de Paz e Segurança de suspender Burkina Fasso de todas as atividades da UA com efeito imediato”, anunciou a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma.
A organização também impôs a proibição de viagens e o congelamento de ativos dos autores do golpe de Estado no país da África Ocidental, acrescentou o líder da UA em sua conta no Twitter.
A União Africana realizou este anúncio enquanto os presidentes do Senegal, Macky Sall, e Benin, Boni Yayi, se reúnem na capital de Burkina, Ouagadogou, com os líderes do golpe de estado.
Em representação da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao), os presidentes viajaram para tentar que Burkina Fasso, que realizaria eleições no próximo dia 11 de outubro, volte à legalidade constitucional.
O presidente da transição, o diplomata Michel Kafando, foi posto em liberdade hoje pelos militares, que, no entanto, mantêm retido desde quinta-feira o primeiro-ministro, o militar Isaac Zida.
Os golpistas acusam à administração interina de “desestabilizar” o país, mas lamentam principalmente as “medidas de exclusão” pelas quais se vetou a apresentação às eleições dos candidatos ligados ao ex-presidente Blaise Compaoré.
O golpe de Estado, o sexto da história de Burkina Fasso desde sua independência da França, em 1960, truncou a transição democrática neste país africano. EFE
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