Unicef denuncia ataques contra armazéns de ajuda humanitária no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 18/09/2015 21h41
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Sana, 18 set (EFE).- Vários armazéns de ajuda humanitária que abasteciam cerca de 11.000 afetados pela guerra no Iêmen foram danificados em um bombardeio na cidade iemenita de Dhamar, informou nesta sexta-feira o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Segundo disse à Agência Efe o porta-voz do Unicef em Sana, Mohammed al Asaadi, aviões da coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita atacaram na manhã da quinta-feira a sede da Autoridade Estatal de Água em Dhamar, cidade cem quilômetros ao sul de Sana.

O representante do Unicef, Jeremy Hopkins, explicou em comunicado que os ataques “afetaram provisões vitais” destinadas a ajudar pessoas nas áreas mais afetadas pelo conflito.

“O Unicef se sente horrorizado pela destruição dos armazéns de ajuda humanitária, nos quais se guardavam contêineres, vasilhas e filtros de água”, disse Hopkins.

A aviação da coalizão árabe realiza diariamente dezenas de bombardeios contra posições dos rebeldes xiitas houthis em diferentes partes do país.

Hoje, pelo menos 38 civis, entre eles crianças e mulheres, morreram em vários ataques da coalizão no norte do Iêmen, informou a agência de notícias iemenita “Saba”, controlada pelos rebeldes.

O responsável do Unicef qualificou os ataques em Dhamar de “injustificáveis” e ressaltou que “afetam os civis”.

Desde março deste ano, pelo menos 466 crianças morreram e outras 658 ficaram feridas pelos combates entre o movimento xiita dos houthis e as forças fiéis ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi.

O Unicef constatou que, desde a explosão do conflito armado em março, 41 colégios e 61 hospitais foram bombardeados ou ficaram danificados.

Em Taez, onde os combates se intensificaram nas últimas semanas, grupos armados apreenderam a ajuda humanitária que o Unicef fez chegar, inclusive de remédios para crianças.

Na nota, esta organização da ONU voltou a pedir a todas as partes em conflito que se abstenham de atacar os civis e as infraestruturas. EFE

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