Unicef diz que quase 2 milhões de crianças estão sem aula no Iemêm

  • Por Agencia EFE
  • 24/07/2015 11h47
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Cairo, 24 jul (EFE).- Ao todo, 1,8 milhão de crianças iemenitas tive que parar de ir à escola por conta do conflito que castiga o país, revelou o Fundo para a Infância das Nações Unidas (Unicef).

Conforme o levantamento da entidade, os bombardeios efetuados pela coalizão liderada pela Arábia Saudita e os enfrentamentos provocaram o fechamento de mais de 3.600 colégios e o deslocamento de estudantes e suas famílias a locais mais seguros. Entre as escolas fora de funcionamento, 248 foram danificadas diretamente, 270 acolhem cidadãos deslocados e outras 68 são ocupadas por grupos armados.

Para a Unicef, o atual conflito no Iêmen tem um impacto devastador no sistema educacional do país.

“Oferecer educação às crianças iemenitas é fundamental para o futuro delas mesmas, de suas famílias e das comunidades. É importante respeitar a segurança dos colégios para dar às crianças a oportunidade de aprender”, disse o representante do Unicef no Iêmen, Julien Harneis, em comunicado.

A organização das Nações Unidas promove aulas de reforço a mais de 200 mil crianças, que recebem todo o material escolar da instituição.

O Ministério da Educação do Iêmen está mobilizando professores e irá começar a adaptar espaços temporários, como tendas de campanha, para que as aulas possam acontecer.

“Elas têm muitas vontade de aprender e até no chão escrevem”, disse Yamilah Salah, professora da Escola Arwa, uma instituição só de meninas em Sana.

Segundo o Unicef, está previsto as aulas seja retomadas em 5 de setembro, embora a situação de segurança seja um aspecto determinante para isso. Antes do atual conflito, a taxa de escolaridade no Iêmen era de 79%, segundo Unicef.

A entidade pede US$ 11 milhões para apoiar a reforma das escolas, fornecer recursos educativos e formar professores e profissionais para oferecer apoio psicológico.

Em 26 de março, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita declarou guerra aos rebeldes houthis do Iêmen que tentam tomar o poder do presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi, refugiado desde então em Riad. EFE

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