Unicef pede mais fundos contra ebola e avisa de consequências da epidemia
Nações Unidas, 17 out (EFE).- A Unicef assinalou nesta sexta-feira que só foi coberto um terço dos US$ 200 milhões necessários para enfrentar o vírus do ebola na África Ocidental e advertiu sobre os grandes efeitos a longo prazo que a epidemia pode ter na região.
Entre essas consequências, a porta-voz da agência Sarah Crowe apontou para o risco que países como a Libéria e Serra Leoa joguem por terra os avanços alcançados nos últimos anos em áreas como a mortalidade infantil e a saúde materna.
No caso da Libéria, o país atingiu nos últimos dez anos a maior redução da mortalidade infantil em toda a África, uma situação que está sob “uma enorme ameaça” por causa do ebola, disse Crowe em entrevista coletiva depois de retornar da região.
Segundo a Unicef, a Libéria conta unicamente com 45 médicos locais para uma população de 4,5 milhões, por isso que destacou a importância que a comunidade internacional dá a seu apoio.
Entre outras coisas, a agência da ONU está preparando sobreviventes do ebola para que possam cuidar de doentes e trabalhando para recuperar a provisão de serviços sociais básicos como água e educação.
Para isso, a Unicef solicitou um financiamento de US$ 200 milhões, do qual por enquanto só se obteve ao redor de um terço. EFE
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