Unidade de caminhões da Ford suspende atividades até 1º de julho, diz sindicato

  • Por Reuters
  • 22/06/2015 19h31
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Divulgação/Ford Caminhão Ford

A Ford paralisou nesta segunda-feira as atividades de sua unidade de caminhões, até o dia 30, colocando centenas de funcionários em regime de banco de horas.

“Com o objetivo de ajustar o ritmo de produção à demanda do mercado, a Ford suspenderá temporariamente a produção nas fábricas de carros e caminhões de São Bernardo do Campo”, afirmou a companhia, em nota.

No caso da produção de automóveis, a suspensão acontecerá apenas no dia 26, afirmou a Ford.

Segundo o sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), onde a unidade está localizada, cerca de 900 metalúrgicos ficarão parados. Em nota, a Ford informou que são aproximadamente 800 empregados em regime de banco de horas.

Sob este regime, o tempo parado é descontado das horas acumuladas do funcionário, quando a produção for retomada, de acordo com informações da assessoria de imprensa do sindicato.

A medida foi implementada devido aos estoques acima do desejado e demanda fraca. A previsão é que os funcionários voltem ao trabalho em 1º de julho.

A fábrica – que produz 12 modelos de caminhões leves e médios – faz parte de um complexo da Ford, incluindo uma fábrica de automóveis, e que reúne cerca de 4.400 operários, sendo 3 mil na área de produção e montagem de carros e caminhões.

Recentemente, eram produzidos até 14 caminhões por hora, ante média de 17 há dois anos. A produção de automóveis, que já chegou a 55 unidades ao dia, hoje está em cerca de 44.

Em São Bernardo do Campo há também fábricas das montadoras Volkswagen, Mercedes, Scania e Toyota.

O sindicato informou que, com exceção da Toyota, nas demais já houve demissões, concessão de férias coletivas e adoção do regime de layoff (contratos de trabalho suspensos).

Na semana passada, a General Motors pôs 6,2 mil empregados em férias coletivas somando as plantas de São José dos Campos (SP) e de Gravataí (RS), devido à baixa demanda e estoques elevados, segundo sindicatos de trabalhadores.

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