Universidade de Havana abrirá curso sobre negócios para o setor privado
Havana, 21 fev (EFE).- A Universidade de Havana (UH) abrirá em março um curso gratuito sobre criação e desenvolvimento de negócios para trabalhadores do setor privado em Cuba, no marco das reformas econômicas impulsionadas pelo governo e que buscam potencializar o emprego autônomo.
Segundo o site da UH, considerado o principal centro de altos estudos na ilha, o curso “Empreendimentos em Cuba: criação e desenvolvimento de negócios” começará no dia 3 de março na Faculdade de Economia e terá uma duração de quase dois meses.
Seus módulos sobre administração e temas jurídicos e financeiros aprofundarão em questões como a análise do mercado e a concorrência em pequenos negócios, ou o uso de contas bancárias e registros contábeis, detalha o site da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (FLACSO).
Exatamente a FLACSO facilitará analistas para dividir as matérias da disciplina, na qual também participarão docentes das faculdades de Economia, Direito e Comunicação da UH, e especialistas do Centro de Estudos da Economia Cubana e do Centro de Estudos de Técnicas de Direção.
As aulas estarão orientadas principalmente a pessoas “proprietárias, contratadas, independentes ou que aspiram impulsionar um micro negócio”, acrescentou o site da FLACSO.
A iniciativa se soma a outras surgidas em Cuba nos últimos anos no setor estatal e até mesmo na Igreja Católica para formar e preparar aos autônomos perante o novo cenário econômico do país.
Por exemplo, a governista Associação Nacional de Economistas criou um programa de “gestão econômica” com noções básicas de contabilidade, despesas, custos e tributos.
Por sua parte, o Centro Cultural Padre Félix Varela, dependente do Arcebispado de Havana, e da Universidade Católica San Antonio de Múrcia (UCAM), da Espanha, convocaram um inédito mestrado para fomentar habilidades na direção de empresas.
As reformas econômicas do governo do presidente Raúl Castro buscam “atualizar” o modelo socialista cubano com um plano de medidas que inclui a ampliação do trabalho privado, a redução da força de trabalho estatal e a criação de cooperativas de serviços. EFE
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