Universidade de Nova York só para mulheres admitirá transexuais

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2015 18h03

Nova York, 4 jun (EFE).- A Barnard College de Nova York, uma das universidades para mulheres mais prestigiadas dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira que admitirátransexuais a partir do próximo período letivo, que começa em março do ano que vem.

“Barnard considerará a admissão de pessoas que vivam e se identifiquem de maneira consistente como mulheres, apesar do gênero atribuído ao nascer”, explicou o centro universitário em comunicado.

A nova política da Barnard exclui quem nasce como mulher, mas se identificam como homens.

No entanto, o centro educativo esclareceu que isso não afetará os estudantes que realizaram a mudança de identidade sexual de mulher para homem durante a graduação na universidade.

Neste caso, os envolvidos receberão apoio individualizado e, se considerarem que um centro feminino como o Barnard College já não oferece o ambiente adequado para seus estudos, obterão a ajuda necessária para tomar as decisões apropriadas.

A decisão busca “fomentar a missão, a tradição e os valores de uma universidade para mulheres”, e em reconhecimento ao “mundo em transformação” e da “evolução na compreensão da identidade de gênero” afirmou a reitora, Jolyne Caruso-Fitzgerald, e a presidente da instituição, Debora Spar.

A universidade destacou que continuará usando uma linguagem que reflita sua identidade como um centro para mulheres.

Esta nova política transforma a Barnard College, fundada em 1889, no último membro das “Seven Sisters”, as primeiras universidades dos Estados Unidos fundadas exclusivamente para mulheres, a adaptar seus requisitos de admissão.

A nova política do centro nova-iorquino, que se filiou à prestigiada Universidade de Colúmbia em 1900, é resultado de um ano de conversas entre os membros do patronato, que consultaram especialistas e membros da comunidade, entre estudantes, antigos alunos, pais e funcionários.

As conversas concluíram que não se pode questionar que a Barnard “deve reafirmar sua missão como uma universidade para mulheres” e que “quase não houve debate para que as mulheres transexuais possam ser elegíveis para ser admitidas na instituição”.

A elegibilidade de transexuais foi aprovada em reunião realizada ontem, na qual também foi acordado que os membros da universidade desenvolverão um plano para implementar os novos requisitos durante o próximo ano letivo, e que eles se tornarão efetivos a partir do curso que começa no março de 2016.

“Em nosso 125º aniversário, é apropriado que nos reunamos para lembrar nossa história e examinar nossos valores. Educamos e desafiamos uns aos outros, e a Barnard é muito mais forte por isso”, concluíram Caruso-Fitzgerald e Spar. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.