UPA de Cascável é isolada após atender africano suspeito de estar com ebola

Redação Central, 10 out (EFE).- A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade de Cascável, no Paraná, passa nesse momento por limpeza e desinfecção e deve ser reaberta às 13h, após atender o africano procedente da Guiné suspeito de ter contraído o vírus do ebola e ser interditada na noite de quinta-feira.

Segundo informou o Ministério da Saúde, o homem foi identificado como Souleymane Bah, um missionário de 47 anos, e que chegou no dia 19 de setembro procedente da Guiné, um dos países africanos mais afetados pela doença, após fazer escala no Marrocos.

O paciente relatou que na quarta e na manhã de quinta-feira teve febre e até o início da noite deste dia estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas.

A chefe da Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, Lilimar Mori, explicou em entrevista a uma rádio local que as equipes monitoram pessoas que possam ter tido contato com o paciente suspeito de ebola.

“Seguimos o protocolo que existe, o mais atual para esta doença. O Ministério (da Saúde) foi imediatamente alertado e veio para cá para fazer aquilo que compete a ele”, explicou Lilimar.

Dois médicos infectologistas do Ministério da Saúde estão na cidade, para acompanhar os trabalhos na unidade.

Os pacientes que ficaram isolados dentro da UPA estão sendo liberados aos poucos, conforme vai sendo confirmado que não tiveram contato com o africano.

O ministro da pasta, Arthur Chioro, e o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, concederão uma entrevista coletiva às 10h no Ministério da Saúde, em Brasília, para falar do caso.

O ebola só é transmitido por meio do contato com sangue, tecidos ou fluidos corporais de doentes, ou através do contato com superfícies e objetos contaminados. O vírus somente é transmitido quando surgem os sintomas. EFE