Uribe diz que sem prisão pra chefes da Farc haverá mais violência na Colômbia
Bogotá, 23 set (EFE).- O ex-presidente e senador colombiano Álvaro Uribe afirmou nesta quarta-feira que a não aplicação de penas de prisão para os líderes das Farc será um “exemplo para mais violência na Colômbia”.
“Sem prisão para os líderes (das Farc) haverá a assinatura (de um acordo de paz) em Havana, mas um exemplo de mais violência para a Colômbia”, escreveu Uribe em sua conta no Twitter.
O presidente Juan Manuel Santos anunciou hoje se reunirá em Havana com os negociadores de paz do governo e das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que há quase três anos negociam o fim do conflito armado no país.
No encontro, em que se prevê que será anunciado o acordo no polêmico ponto sobre justiça transicional, o mais espinhoso dos diálogos de paz, também estará presente o líder máximo das Farc, Rodrigo Londoño Echeverri, conhecido como “Timochenko”, confirmaram à Agência Efe fontes da guerrilha.
Também estará presente o líder cubano, Raúl Castro.
Em suas mensagens de hoje, Uribe, um forte crítico das negociações de paz, reiterou que “não é a paz que está próxima” como afirmou Santos hoje.
Na opinião do ex-mandatário, o que se aproxima “é a entrega (da Colômbia) às Farc e à tirania da Venezuela”.
Além disso, denunciou a atitude “servilista” de Santos na reunião que teve segunda-feira no Equador com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, para discutir a crise que provocou o fechamento da fronteira conjunta.
“O servilismo em Quito, que deu as costas às famílias torturadas, tinha a clara intenção de avançar rumo a impunidade das Farc”, concluiu. EFE
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