Uruguai convida empresas brasileiras para aproveitar vantagem do TLC

São Paulo, 29 abr (EFE).- O vice-presidente do Uruguai, Daniel Astori, fez nesta terça-feira um chamado aos empresários brasileiros para aproveitar as vantagens de seu país como “plataforma de expansão” de seus negócios a outros mercados, particularmente o México, com o qual existe um Tratado de Livre-Comércio (TLC) desde 2003.

“O TLC com o México é de grande importância para as empresas brasileiras. O México é um local importante para desenvolver negócios”, disse Astorio durante o seminário “Uruguai: Plataforma de expansão regional”.

No encontro empresarial, realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a maior patronal brasileira, Astori pediu para “levar em conta” o TLC com o México com “a finalidade de melhorar as relações comerciais e complementar mais acordos de proteção e promoção de investimentos”.

Nesse sentido, o vice-presidente ressaltou que “as empresas brasileiras devem aproveitar um cenário propício e seguro que o Uruguai tentou iniciar nos últimos anos”.

O TLC entre México e Uruguai foi assinado no marco da Cúpula Ibero-Americana de 2003, realizada na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra e entrou em vigor em 2004.

Astori foi o encarregado de inaugurar o seminário organizado pelo Instituto de Promoção de Investimentos e Exportações e Serviços (Uruguai XXI) e no qual participaram várias empresas uruguaias com o ânimo de incentivar suas homólogas brasileiras sobre as vantagens de investir e se instalar no país.

“São características muito importantes do Uruguai como plataforma de expansão regional. Estamos pondo o acento nos serviços compartilhados, de distribuição e de abastecimento. As exportações e o investimento são dois dos principais motores da economia”, comentou.

De acordo com Astori, “a exportação de serviços” no Uruguai “vem com uma evolução ascendente”, particularmente dos “serviços globais”, como a “tecnologia da informação e os serviços financeiros”.

Em sua exposição, Astori destacou a “localização estratégica” do Uruguai, país que conta com “uma ampla rede fluvial e interconexão aérea na região”, o “acesso a outros mercados”, “a segurança, desde o enfoque da segurança pública”, e “a proximidade física e cultural com os países da região”.

Em sua aposta para atrair investimentos, Astori destacou “a qualidade de vida, o talento, a inteligência, o desenvolvimento humano e o histórico de êxito” de seu país.

No seminário foram apresentados casos de êxito de empresas que se instalaram no Uruguai para oferecer serviços, como Lobraus, uma firma brasileira especializada em logística, e Tata Consultancy Services na região ibero-americana, de origem indiana e que oferece desde o Uruguai serviços para clientes de países da Europa e América.

Durante o evento realizou uma rodada para que empresas brasileiras entrassem em contato com representantes de firmas uruguaias de consultoria, analistas de investimentos, operadores logísticos e diretores de operadoras nas zonas francas uruguaias.

Segundo dados da Fiesp, os serviços prestados desde Uruguai para outros países cresceram 80% nos últimos cinco anos, beneficiando a muitas companhias brasileiras. EFE

wgm/ff