Uruguai critica impeachment de Dilma

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/09/2016 09h35
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Nesta quarta EFE/Juan Ignacio Mazzoni Uruguaios protestam contra o presidente do Brasil Michel Temer em Montevidéu

O Uruguai engrossou na última  quinta-feira, 1º, a lista dos países que criticaram o impeachment de Dilma Rousseff. Em um comunicado que a apresenta como “eleita legitimamente pelo povo brasileiro”, a chancelaria uruguaia disse considerar “uma profunda injustiça” a destituição “apesar da legalidade invocada”. 

—realted— Também na quinta-feira, após a votação que cassou o mandato da petista no Senado, Bolívia, Equador e Venezuela chamaram seus embaixadores no País de volta. Os embaixadores brasileiros nos três países também foram chamados de volta, segundo o Itamaraty.

Mercosul

O comunicado uruguaio amplia a distância entre a diplomacia dos dois países, que têm exposto suas diferenças dentro do Mercosul. O Uruguai defende a posse da Venezuela na presidência semestral e o Itamaraty é contra. O chanceler José Serra visitou Montevidéu, em julho, para tentar mudar a posição do vizinho. Um mês depois, o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, afirmou a parlamentares que o Brasil tinha tentado, na ocasião, comprar o voto uruguaio com vantagens comerciais. O Itamaraty exibiu seu descontentamento chamando o embaixador uruguaio para explicar o caso. Nin Novoa, então, recuou e alegou tratar-se de um mal-entendido.

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