Vacina para o Ebola ainda está em fase de testes e rastreamento de infectados é difícil, diz doutora
A preocupação em todo mundo é contra o vírus Ebola, que já matou 1,4 mil pessoas de Guiné, Serra Leoa, Libéria e também Nigéria. De acordo com a doutora Lessandra Michelin, do comitê de medicina de viagem da Sociedade Brasileira de Infectologia, a grande preocupação é com os imigrantes que vem desses países africanos.
“Pessoas que vem desses países e tem incidência do vírus Ebola, elas podem estar incubando a doença ou manifestando esses sintomas e elas precisam ser rastreadas na sua entrada no país. Pra evitar que esse vírus entre de uma forma não controlada e possa se espalhar”, contou a doutora.
Segundo Michelin, o vírus tem um fator psicológico em cima do amedrontamento das pessoas. “É um vírus que ele tem uma alta mortalidade. Então, a pessoa que pega tem grandes chances de complicar e evoluir com óbito. Então, lógico que as pessoas se assustam muito com isso”, disse.
Com relação ao rastreamento das pessoas que entram no país, existe um questionário para quem chega ao Brasil, mas não passa disso. “O acompanhamento fica muito difícil porque, por mais que se tenha esse controle de entrada, muitas vezes as pessoas ainda não fornecem o endereço correto onde vão ficar, um telefone de contato que realmente seja verdadeiro, então isso dificulta o rastreamento”, explicou Michelin.
Ainda de acordo com a doutora, a vacina para o Ebola ainda está no início e em fase de testes, então é muito cedo para falar sobre a liberação da vacina. Confira no áudio acima a íntegra da entrevista com Lessandra Michelin.
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