Valor da Zona Azul ficará 67% mais caro; Prefeitura alega correção de inflação

Agente da CET inspeciona bilhete da Zona Azul em São Paulo nesta terça; aumento vale a partir de agosto

Agente da CET inspeciona bilhete da Zona Azul em São Paulo

Prefeitura diz que reajuste de mais de 60% no valor da Zona Azul atende a correção da inflação entre 2001 e 2014. A última vez que o preço do estacionamento rotativo na cidade subiu foi em 2009, no entanto, abaixo do índice inflacionário da época.

A partir de 1º de agosto, o valor da folha passa de R$3,00 para R$5,00, um aumento de 67%, contra IPCA de 32,6% desde 2009.

Consultor de gestão de mercado da EY, Antônio Uras, diz ao repórter Anderson Costa que, em locais de Zona Azul, poderá haver aumento também no valor dos estacionamentos particulares, como consequência do reajuste.

Estudo feito por Uras aponta que o centro expandido tem déficit de 125 mil vagas, principalmente em Perdizes, Vila Mariana e Moema. O repórter Victor La Regina foi às ruas ouvir o que pensam os paulistanos sobre o serviço existente na cidade desde a década de 1970.

“É difícil achar um lugar para estacionar e um lugar para comprar um cartão”, diz um cidadão. Outro motorista também encontra dificuldades em encontrar o local de compra e teme que o valor fique ainda mais caro com o “mercado negro” de bilhetes Zona Azul. Um terceiro ouvinte desistiu de estacionar nas ruas da capital. “Vaga é só nos estacionamentos e, mesmo assim, cerca de R$10,00 por meia hora”, lamenta.

A reportagem da Jovem Pan procurou a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que se pronunciou sobre o reajuste apenas com uma nota. O valor do talão da Zona Azul com 10 folhas vai subir de R$28,00 para R$45,00 a partir da semana que vem.

Por Anderson Costa, Victor La Regina e Claudia Gouvêa