Vazamento em oleoduto da Transpetro ameaça mangues do Rio de Janeiro

  • Por Agencia EFE
  • 20/06/2015 16h27
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Mancha de petróleo no RJ preocupa biólogos

EFE Mancha de petróleo no RJ - transpetro

Um vazamento em um dos oleodutos da Transpetro no estado do Rio de Janeiro, que foi controlado na sexta-feira e derramou 600 litros de petróleo em um rio e no mar, põe em risco o ecossistema dos mangues da região afetada.

“Minha maior preocupação são os mangues. No sobrevoo com helicóptero vimos que ainda há petróleo saindo dos mangues”, disse neste sábado à Agência Efe o biólogo Mario Moscatelli, que entregará um relatório sobre o que observou à Secretaria do Meio Ambiente do estado.

Segundo a Transpetro, cálculos preliminares indicam o derramamento de cerca de 600 litros de petróleo na altura de Coroa Grande, distrito de Mangaratiba,. A maior parte desse volume atingiu um córrego próximo, sendo que apenas 50 litros chegaram ao mar.

A empresa, subsidiária da Petrobras, indicou que tudo parece ter se tratado de uma tentativa de roubo do petróleo que é transportado por oleodutos entre Angra dos Reis e Campos Elísios.

No entanto, os ativistas ambientais exigem das autoridades a apresentação do certificado de manutenção preventiva dos oleodutos da Transpetro para descartar que a falta de prevenção tenha sido a causadora do acidente.

Em 2000, lembrou Moscatelli, um acidente por falta de manutenção dos oleodutos provocou um vazamento de 1,5 milhão de litros de petróleo na baía de Guanabara.

O professor universitário indicou que existe “divergência sobre o volume” informado da quantidade de petróleo que vazou esta semana na baía de Sepetiba e, embora a “fonte” do derramamento tenha sido controlada, “ainda se vê uma grande quantidade saindo dos mangues”.

Moscatelli explicou que o ecossistema de mangues no distrito de Mangaratiba “é bem conservado, com crustáceos e aves”, mas o vazamento “intoxica a fauna e a flora e evita que as plantas possam respirar”.

Sobre o tempo de recuperação do ecossistema e as ações para conseguir esse propósito, o cientista assinalou que “tudo depende da avaliação interna dos mangues”.

O derramamento de óleo afetou as praias de Coroa Grande, em Itaguaí, e Mangaratiba, nas quais um contingente da Transpetro e das autoridades locais trabalhou durante toda a sexta-feira com lanchas, helicópteros e caminhões de apoio para conter o vazamento. 

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