Vazão de retirada do Cantareira terá de ser reduzida a partir de setembro
O repórter Jovem Pan Tiago Muniz retrata vista da Represa Jaguari
Nível do sistema Cantareira sobe para 9A vazão de água retirada do Sistema Cantareira para consumo pela Grande São Paulo terá de ser reduzida para 10 metros cúbicos por segundo (m³/s) a partir de 1º de setembro. Hoje, a vazão é 13,5 m³/s. Já o volume do Cantareira destinado às bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ), que abastecem o interior do estado, passará a ser 3,5 m³/s, ante os atuais 2 m³/s.
A definição desses novos volumes de retirada para o período de estiagem, anunciados ontem (25) pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Departamento de Água e Energia Elétrica de São Paulo (Daee), segue o relatório do Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais, divulgado na semana passada. O documento considera um cenário 50% mais seco que a média histórica.
Segundo o superintendente do Daee, Ricardo Borsari, as obras de interligação entre os sistemas Rio Grande e do Alto Tietê devem diminuir a dependência que a Grande São Paulo tem do Sistema Cantareira. “O que está previsto pelo cronograma das obras é que elas entrem em operação a partir do dia primeiro de setembro. Nós queremos preservar o manancial”, disse.
Para o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Lahóz, mesmo com a ampliação para 3,5 m³/s da água destinada às bacias PCJ pelo Cantareira, a região deverá passar por dificuldades durante o período de estiagem. “As bacias PCJ sempre necessitaram de 12 m³/s durante a estiagem. A região tem economizado, em média, 20%, o que faz com que essa demanda tenha sido reduzida para 9,6 m³/s. Descontando os 3,5 m³/s autorizados pela ANA, ainda teremos um deficit de 6,1 m³/s”.
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