Venda de armas pesadas no mundo atinge maior nível desde a Guerra Fria

  • Por Estadão Conteúdo
  • 20/02/2017 17h37
Divulgação/TJSP Justiça de São Paulo envia ao Exército quase 5 mil armas - DIV

O volume de armas pesadas vendidas tem crescido e, segundo dados do Instituto para a Pesquisa da Paz Internacional (Sipri, na sigla em inglês), atingiu entre 2012 e 2016 o maior patamar para qualquer quinquênio desde o fim da Guerra Fria. Houve aumento no fluxo de armas para Ásia e Oceania e para o Oriente Médio, na comparação com 2007-2011, enquanto houve recuo na Europa, nas Américas e na África.

Os cinco maiores exportadores de armas do mundo são Estados Unidos, Rússia, China, França e Alemanha – juntos, eles representam 74% do total de armas exportadas. Entre as regiões, na Ásia e na Oceania houve aumento de 7,7% nas armas importadas entre 2012 e 2016, na comparação com o quinquênio imediatamente anterior. A região ficou com 43% das importações globais de armas entre 2012 e 2016. Nesse período, a Índia foi o maior importador de grandes armas, com 13% do total global.

“Sem instrumentos de controle de armas regionais em vigor, Estados na Ásia continuam a expandir seus arsenais”, afirmou Siemon Wezeman, pesquisador sênior do Sipri, em comunicado do instituto.

No Oriente Médio, as importações de armas cresceram 86% na comparação quinquenal e representaram 29% das importações globais entre 2012 e 2016. A Arábia Saudita foi o segundo maior importador de armas, com crescimento de 212% em suas compras.

Os EUA são o maior exportador de armas do mundo, com crescimento de 21% na comparação quinquenal. Quase a metade das exportações do país vão para o Oriente Médio. Já a Rússia tem 23% desse mercado global, com 70% de suas armas vendidas para Índia, Vietnã, China e Argélia.

Na América Latina, as importações de armas da Colômbia recuaram 19% na comparação quinquenal, no momento em que o país caminhava para fechar um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que acabou por se concretizar. Além disso, Bogotá negocia acordo similar com outro grupo guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional (ELN). Já o México teve aumento de 184% em suas importações de armas, em meio a uma guerra contra os cartéis do narcotráfico no país.

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