Venda de divisão de celulares da Nokia à Microsoft será concretizada na sexta

San Francisco, 21 abr (EFE).- A Microsoft fechará o acordo de aquisição da divisão de telefones celulares da finlandesa Nokia nesta sexta-feira, depois de a negociação, anunciada em setembro, ser atrasada pelos trâmites com as autoridades que regulam a concorrência.

O assessor geral de assuntos legais da Microsoft, Brad Smith, informou nesta segunda-feira no blog da companhia que o contrato será fechado na sexta-feira 25 de abril e que o texto final sofreu alguns “ajustes” em relação à versão original que as empresas acordaram no final do ano passado.

“Temos o prazer de compartilhar que completamos os passos necessários para finalizar a aquisição pela Microsoft do negócio de dispositivos e serviços de Nokia. A transação será concretizada nesta sexta-feira, quando daremos as boas-vindas de forma oficial como parte da família Microsoft”, indicou Smith.

A Microsoft pagará US$ 7,2 bilhões pela compra da divisão de dispositivos móveis e os patentes da Nokia, depois de a Comissão Europeia (CE) e outros organismos reguladores internacionais autorizarem a operação.

Ao contrário do previsto no acordo inicial, a Microsoft não adquirirá a fábrica da Nokia na Coreia do Sul, e 20 empregados do escritório da Nokia na China que, a princípio iam ser mantidos na equipe da empresa finlandesa, passarão a fazer parte da Microsoft.

Finalmente, e também ao contrário do previsto, a Microsoft dirigirá o domínio nokia.com e as redes sociais da Nokia durante no máximo um ano “para o benefício de ambas as companhias” e de seus clientes.

“Esta aquisição ajudará a Microsoft a acelerar a inovação e a se adaptar ao mercado para os Windows Phones. Além disso, esperamos que os futuros bilhões de clientes acessem os serviços da Microsoft através dos telefones celulares Nokia”, ressaltou o assessor legal da empresa fundada por Bill Gates.

A operação, anunciada em 3 de setembro, inclui a venda de todos os ativos da Nokia relacionados ao design e à fabricação de telefones básicos e smartphones, incluídas as fábricas, os centros de P&D e a transferência de 32 mil funcionários.

Além disso, a Nokia dará a Microsoft uma licença não exclusiva para a utilização de suas patentes de telefonia celular durante dez anos, com a possibilidade de estender o acordo de forma indefinida.

Em dezembro, a CE analisou os efeitos da operação no campo dos dispositivos portáteis inteligentes, incluindo os smartphones e os tablets, e chegou à conclusão de que as atividades da Nokia e da Microsoft neste mercado só se misturam “minimamente e que vários rivais fortes como Samsung e Apple continuarão competindo com a empresa fusionada”.

A venda da divisão de telefones celulares de Nokia a Microsoft põe fim a uma era no mercado das telecomunicações, já que representa a queda da última grande companhia pioneira do setor. EFE