Venda de hospital e redução de um quarto nos gastos estão entre medidas para recuperar Santa Casa
Reestruturação da Santa Casa de São Paulo prevê venda de hospital e redução de 25% nos gastos mensais.
A nova superintendência avalia que, dentro de 2 anos, a instituição poderá ser autossustentável, com repasses do SUS, Estado e atendimento privado.
Após afastamento do provedor, o governador paulista liberou R$ 3 milhões para remédios e insumos que garantem o funcionamento da Santa Casa.
Em entrevista a Marcelo Mattos, Geraldo Alckmin avalia que a gestão da unidade precisa ser mudada radicalmente, incluindo a venda de patrimônio.
(Ouça detalhes das entrevistas no áudio acima)
A Santa Casa de São Paulo acumula dívida de R$ 820 milhões, sendo R$ 50 milhões das Organizações Sociais, que foram assumidas pelo estado.
O secretário estadual da Saúde defende a venda do Hospital Santa Isabel, mantido pela entidade, mas que registra prejuízo.
David Uip também ressalta que o gasto mensal de R$ 30 milhões, 10% dos quais repassados pelo estado, precisa baixar para R$ 22 milhões.
Ele adverte que as auditorias realizadas apontaram sérios problemas de gestão, mas evita falar em desvios de recursos das contas da Santa Casa.
O antigo provedor, o advogado Kalil Rocha Abdalla, que pediu afastamento, será substituído por Rui Althenfelder.
Kalil garante que pediu licença para dar transparência à sindicância aberta para apurar irregularidades na gestão da Santa Casa.
Para pagar salários e fornecedores, a instituição utilizou um imóvel na avenida Paulista como garantia para um empréstimo de 44 milhões de reais com a Caixa.
O novo superintendente, Irineu Massaia, explica que espera o retorno dos atendimentos não emergenciais a partir do início de 2015.
As auditorias apontaram compras de materiais superfaturados, o pagamento de super salários e suspeitas de fraudes em contratações de serviços.
Nos próximos dias, a direção da Santa Casa de São Paulo pretende reunir estado, prefeitura e governo federal para discutir plano de reestruturação.
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