Vendas no varejo recuam 0,7% em junho

  • Por Agencia EFE
  • 14/08/2014 13h41

Rio de Janeiro, 14 ago (EFE).- O volume de vendas no varejo apresentou uma queda de 0,7% em junho, mês em que o Brasil abrigou a Copa do Mundo e mobilizou milhões de torcedores, mas declarou diversos feriados, informou nesta quinta-feira o governo.

A queda das vendas em junho foi a maior entre um mês e o imediatamente anterior desde maio de 2012, quando caíram 0,8%, segundo os dados divulgados hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

O organismo atribuiu o mau desempenho do setor em junho entre outras coisas ao próprio Mundial, por conta da multiplicação do número de feriados no país, quando os comerciantes fecharam seus negócios.

Na comparação com junho do ano passado, as vendas apenas subiram 0,8%, a menor taxa de expansão nesta comparação desde junho de 2003. As vendas tinham crescido 4,7% em maio frente ao mesmo mês do ano passado e 6,7% em abril na mesma comparação.

Apesar das vendas de alimentos e bebidas aumentarem 0,6% em junho frente às de maio, as de todos os demais setores se reduziram.

As de livros, jornais e revistas caíram 5,3%, as de equipamentos de informática 4,2%, as de móveis e eletrodomésticos 2% e as de confecções e tecidos 1%, entre outros setores.

O pior resultado foi o do setor de veículos e separados, cujas vendas caíram 12,9%.

“O endividamento das famílias junto à diminuição do ritmo de crédito e o menor número de dias úteis em junho provocaram o desabamento das vendas de veículos”, explicou Juliana Vasconcellos, responsável pelos estudos de comércio do IBGE.

Várias cidades sedes do Mundial declararam feriado nos dias de partidas ou quando a seleção brasileira tinha compromissos, o que reduziu significativamente o número de dias em que os comerciantes mantiveram suas portas abertas em junho.

“Durante o Mundial tivemos uma redução do número de dias úteis pelos fesriados e isso teve um grande impacto nas vendas dos comerciantes, principalmente nas de móveis, eletrodomésticos, têxteis e papelarias. O impacto foi menor para os supermercados”, acrescentou Vasconcellos.

Apesar do mau desempenho de junho, as vendas dos comerciantes acumularam um crescimento de 4,2% no primeiro semestre do ano frente ao mesmo período de 2013 e de 4,9% nos últimos 12 meses frente ao período entre julho de 2012 e junho de 2013. EFE

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