Venezuela: agentes de segurança são presos por violação dos direitos humanos
O Ministério Público venezuelano informou nesta terça-feira que 14 funcionários de diversos corpos de segurança foram presos por supostos envolvimentos em casos de violação de direitos humanos ligados aos protestos das últimas semanas.
A Promotoria indicou em comunicado que seis desses funcionários pertencem ao Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), quatro à Polícia Nacional Bolivariana (PNB), dois à Polícia Municipal de Chacao, um à Polícia de Mérida e o último é um sargento do Exército.
Os funcionários estão presos a pedido do Ministério Público, segundo indicou o organismo, que identifica todos os soldados detidos e os aponta como “envolvidos em violações dos direitos fundamentais durante os fatos de violência ocorridos recentemente no país”.
Nas últimas semanas, ONGs como Foro Penal Venezolano e Provea denunciaram reiteradamente violações dos direitos fundamentais em detenções de manifestantes que participam de protestos contra o Governo.
Na semana passada, o Foro Penal transferiu à Promotoria e à Defensoria Pública denúncias sobre 42 casos, que segundo a defensora do povo, Gabriela Ramírez, estão sendo investigandos.
A procuradora-geral, Luisa Ortega, assegurou que serão punidos todos os funcionários que apareçam como responsáveis pela violação de direitos humanos e recomendou que as denúncias sejam feitas perante o Ministério Público e não nos meios de comunicação ou redes sociais.
A Venezuela vive desde há um mês uma onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro, que já deixaram mais 20 mortos, centenas de feridos e mais de mil de detidos. EFE
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