Venezuela anuncia restabelecimento total das relações com o Panamá

  • Por Agencia EFE
  • 01/07/2014 19h15
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Cidade do Panamá, 1 jul (EFE).- O vice-presidente venezuelano, Jorge Arreaza, anunciou nesta terça-feira o restabelecimento total das relações entre Venezuela e Panamá, onde esteve hoje para os atos de posse do presidente panamenho, Juan Carlos Varela.

“Estão absolutamente restabelecidas as relações a partir de hoje”, disse Arreaza aos jornalistas que lhe perguntaram sobre o assunto na capital panamenha.

Arreaza afirmou que participou das atividades de transferência de poder no Panamá acompanhando o presidente Varela “nesta nova etapa da democracia que vai ser muito mais lúcida e muito mais formosa que a etapa recentemente” concluída do governo de Ricardo Martinelli.

Varela já tinha afirmado após ganhar as eleições gerais de 4 de maio sua intenção de retomar plenamente as relações com a Venezuela e inclusive enviou a Caracas um emissário com essa tarefa.

O anunciou feito hoje por Arreaza acontece mais de um mês após que o Panamá comunicou, no final de maio, que tinha iniciado o processo de reatamento das relações consulares com a Venezuela com a troca das notas diplomáticas correspondentes.

Nessa ocasião, o até hoje chanceler panamenho, Francisco Álvarez de Soto, disse em entrevista coletiva que o restabelecimento dos nexos consulares com Caracas confirmava o interesse que o Panamá sempre teve e tem em reativar suas relações diplomáticas com a Venezuela.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, rompeu unilateralmente no último dia 5 de março as relações diplomáticas e congelou as trocas comerciais com o Panamá.

Maduro tomou a decisão de romper todo vínculo com o Panamá por entender como uma ingerência a proposta do país centro-americano de que a situação da Venezuela, onde estavam ocorrendo contínuos protestos populares e confrontos entre manifestantes e forças de segurança, fosse analisada na Organização dos Estados Americanos (OEA).

Depois da ruptura das relações, o Panamá apresentou “notas de protesto” perante a Organização Mundial do Comércio (OMC) pelo que considerou medidas “discriminatórias” da Venezuela, entre elas, a suspensão do pagamento de uma dívida milionária que importadores venezuelanos têm com exportadores panamenhos da Zona Livre de Colón, segundo reivindicam autoridades e empresários locais. EFE

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