Venezuela inicia atos de homanegem a segundo aniversário da morte de Chávez
Caracas, 5 mar (EFE).- A Venezuela iniciou a quinta-feira com fogos de artifício pelas homenagens ao segundo aniversário da morte de Hugo Chávez (1999-2013), dia que ainda deve contar com diversos eventos em todo o país.
As atividades em homenagem ao antigo líder, nas quais se espera a participação de vários convidados internacionais, começaram de madrugada em Caracas com o lançamento de fogos de artifício em vários pontos da capital.
“Viemos para afirmar que Chávez não morreu, que a morte de Chávez não é certa. Chávez continuará vivendo e acho que comemorações como este aniversário têm que ser repetidas sempre, principalmente no dia a dia”, disse o primeiro vice-presidente dos Conselhos de Estado e Ministros de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Ao chegar ao aeroporto de Maiquetía (que serve Caracas) para participar das comemorações, Díaz-Canel disse que a delegação cubana também vinha “para expressar, em um momento como o que vive a Venezuela, o incondicional apoio de Cuba ao povo venezuelano, à sua revolução bolivariana e ao seu legítimo governo”.
A Força Armada venezuelana também rendeu tributos ao líder da chamada revolução bolivariana em um ato no qual o ministro da defesa, Vladimir Padrino, classificou Chávez como o homem que “despertou o povo”.
“Mais que a partida física, é o ato de semeadura. Trata-se da semeadura de um homem com um profundo sentimento humanista, um ser humano com peculiaridades e particularidades muito especiais”, disse Padrino durante uma homenagem com flores em frente ao busto do líder, que faz parte do monumento de Las Seis Raíces.
Padrino disse que “hoje em dia, todos aqueles que o contrariaram, que o maltrataram, reconhecem Hugo Chávez como um verdadeiro líder” e se perguntou “quem pode apontar um ápice de desonestidade em suas ações”.
Hoje estão previstos eventos de homenagem nas praças Bolívar das cidades do país. Nesta tarde será apresentada no teatro Teresa Carreño de Caracas a peça de dança clássica “De Arañero a Libertador”, que narra os primeiros anos de vida de Chávez.
Na hora exata de sua morte, às 16h25 locais (17h55 de Brasília) haverá uma cerimônia especial no Quartel da Montanha da capital, onde estão seus restos, que contará com a presença do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e a maioria dos integrantes do governo.
As atividades desta quinta-feira dão início a uma longa série de comemorações até o dia 15, segundo explicaram porta-vozes do governo.
A morte do impulsor do Socialismo do século XXI foi anunciada por seu sucessor, Nicolás Maduro, no dia 5 de março de 2013, depois de uma batalha de quase dois anos contra um câncer do qual ainda se desconhecem os detalhes.
No dia da morte de Chávez, centenas de milhares de pessoas prestaram homenagem ao líder perante seu caixão e mais de 30 chefes de Estado compareceram ao funeral.
A morte, que aconteceu poucas semanas antes do início do quarto mandato presidencial, obrigou a convocação de novas eleições presidenciais, nas quais Maduro venceu o candidato opositor, Henrique Capriles.
O segundo aniversário de morte de Chávez é lembrado em um momento de crise econômica na Venezuela que afetou a popularidade de Maduro. Está prevista para sexta-feira uma visita a Caracas de uma delegação da União Sul-Americana de Nações (Unasul), que tentará promover o diálogo político no país. EFE
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