Venezuela instala sistema biométrico para combater revenda de produtos

  • Por Agencia EFE
  • 09/03/2015 18h11
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Caracas, 9 mar (EFE).- A Venezuela começou nesta segunda-feira a implantação de um sistema biométrico ou de “captahuellas”, como são chamadas no país, nas lojas para combater a revenda de produtos, uma medida tomada pelo governo para tentar resolver os problemas de escassez do país.

O ministro da Alimentação, Yván Bello, informou através do Twitter que 20 mil máquinas serão colocadas na rede pública de supermercados e em sete grandes redes privadas dentro de um plano para combater o desabastecimento, que o Executivo intitulou de Plano de Abastecimento Seguro. O sistema controlará as vendas de 23 produtos prioritários, como farinha, arroz, leite, açúcar e papel higiênico.

O baixo preço dos produtos básicos subsidiados – principalmente alimentos, remédios e itens de higiene – tem feito com que algumas pessoas comprem grandes quantidades para revender de forma ilegal a um preço muito superior. O valor reduzido também tem propiciado o aparecimento de contrabando, principalmente para a Colômbia, onde também são vendidos mais caros.

De acordo com autoridades venezuelanas, o contrabando afeta 40% dos produtos destinados ao consumo interno. O superintendente de Preços Justos, Andrés Eloy Méndez, informou nos últimos dias que o sistema biométrico regulará principalmente a frequência de aquisição dos produtos e não permitirá compras excessivas de alimentos, além das necessidades normais de uma família.

Segundo ele, as mercadorias que não tiverem o preço controlado não precisarão passar por este sistema. Em sua opinião, a instalação dos aparelhos contribuirá também para a diminuição das filas nos supermercados. EFE

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