Venezuela lembra os 23 anos da tentativa de golpe de Estado de Chávez
Caracas, 4 fev (EFE).- O governo venezuelano lembra nesta quarta-feira os 23 anos da tentativa de golpe de Estado liderado por Hugo Chávez com diversos atos em todo o país e uma caravana militar e popular no centro de Caracas, que terminará no Quartel da Montanha, onde repousam os restos mortais do dirigente.
Os atos começaram no pátio de honra da Academia Militar em Forte Tuina, no sudoeste da capital, onde os soldados que também participaram do levante de 4 de fevereiro de 1992 contra o então presidente, Carlos Andrés Pérez, receberam um reconhecimento e foram promovidos ao grau de segundo sargento.
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que participou como tenente no fracassado levante, afirmou que quando a caravana chegar ao Quartel da Montanha, após percorrer o centro da cidade, o ex-presidente falecido receberá “a condecoração 4 de fevereiro como mostra de sua liderança e de sua chefia eterna”.
Também nesse recinto militar será lançada, como em todos os dias, às 16h25 (hora local, 18h55 de Brasília), uma salva de tiros de canhão em lembrança da hora e do minuto exato no qual Hugo Chávez morreu em 5 de março de 2013, após uma longa luta contra o câncer.
Além de Caracas, os atos comemorativos desta data, oficialmente denominada como “Dia da Dignidade”, se estenderão por todo o território venezuelano.
No estado de Barinas, por exemplo, onde nasceu Chávez e onde vive grande parte de sua família, será realizado um ato comemorativo no Museo de los Llanos.
Embora o golpe de Estado promovido pelo então tenente-coronel junto com um grupo de militares tenha fracassado, marcou sua entrada na vida política do país.
Chávez apareceu em 4 de fevereiro de 1992 perante os meios de comunicação e assegurou que “por enquanto” os objetivos do golpe não tinham sido alcançados, ao mesmo tempo em que pedia para seus companheiros abandonarem as armas.
Após passar dois anos na prisão, Chávez foi solto graças a um indulto presidencial, após o que se lançou na carreira política e fundou o Movimento Quinta República (MVR), com o qual ganhou as eleições presidenciais de 6 de dezembro de 1998 com 57% dos votos. EFE
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