Veteranos da Segunda Guerra Mundial lembram em Jerusalém a vitória aliada

  • Por Agencia EFE
  • 14/05/2015 16h03

Jerusalém, 10 mai (EFE).- Dezenas de veteranos que combateram na Segunda Guerra Mundial, ao lado de seus familiares, desfilaram neste domingo pelo centro de Jerusalém (Israel) para comemorar os 70 anos da vitória aliada sobre a Alemanha nazista.

Usando os antigos uniformes militares e exibindo as medalhas no peito, os octogenários e nonagenários ex-soldados, alguns caminhando com bengalas ou ajudados pelos filhos e netos, participaram com orgulho em um emocionante desfile em homenagem a eles.

Bandeiras das potências aliadas na grande disputa mundial e insígnias do Exército Vermelho e de movimentos que desempenharam um papel crucial nas ex-repúblicas soviéticas desfilaram junto a uma banda militar que lhes fez reviver a guerra, mas também seu fim com a vitória.

“Lembramos os primeiros anos da guerra. Senti muito medo, mas foi emocionante ao mesmo tempo. Hoje, é um grande dia. Me sinto maravilhado”, disse à Agência Efe Moshe Shvuluvsky, de 85 anos, que usava o uniforme azul escuro da marinha russa, com o qual combateu no Mar Negro.

Os veteranos e seus familiares, alguns dos quais levando os retratos dos que já partiram, foram cumprimentados pelo público.

“Parabéns!” e “Vocês têm todo nosso respeito!” foram algumas das frases ditas aos antigos combatentes pelos que assistiam ao desfile.

Claude Tarobi, nascido em 1923 na Argélia, explicou à Efe que se uniu às Forças Francesas Livres para a libertação da Holanda. Agarrado ao braço do neto, vestido com uniforme militar israelense, ele disse sentir “muita emoção” por estar no meio dos combatentes, mas ainda mais por ter ao seu lado “uma nova geração”.

“Lutei com os paraquedistas. Fiz parte dos primeiros paraquedistas ingleses. Foi na Inglaterra onde aprendi a combater e realizar operações de guerra”, lembrou.

Ao final do desfile, um ato foi realizado para lembrar o trabalho destes veteranos, no qual discursou a ministra de Imigração e Absorção Sofa Landver, nascida em São Petersburgo. EFE

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