Vídeo de oposição síria mostra imagens de gás cloro após ataque
Beirute, 23 mai (EFE).- Um vídeo divulgado nesta sexta-feira por ativistas sírios mostraria um ataque com gás cloro ontem na cidade de Kafr Zita, na província central de Hama, onde era possível ver uma substância, amarelo esverdeada, flutuando no ar.
Na gravação, divulgada na internet pela Comissão Geral da Revolução Síria, se vê uma rua que seria em Kafr Zita e uma mulher correndo cobrindo o rosto com um lenço e acompanhada por dois homens, um deles com uma máscara antigás.
As três pessoas e mais um homem logo atrás correm no sentido contrário ao lugar de onde brota uma substância de cor amarelo esverdeada.
Em declarações à Agência Efe feitas pela internet, o ativista da oposição Abu Farouk al Hamaui acusou as forças do regime sírio de estar por trás do suposto ataque, que, segundo a informação que ele tem, causou 50 casos de asfixia.
“Helicópteros do regime lançaram barris com explosivos, que continham gás cloro”, disse Al Hamaui. O ataque aconteceu por volta das 22h (local, 16h em Brasília).
O diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman, disse à Efe por telefone que a organização até o momento não tem dados suficientes para confirmar ou desmentir o ataque.
Ontem o Conselho de Segurança da ONU votou um projeto de resolução, proposto pela França, para que o Tribunal Penal Internacional (TPI) investigue os crimes cometidos na Síria, que não foi levado à frente por causa do veto da Rússia e da China, aliados do governo de Damasco.
Não é a primeira vez que há denúncias sobre o uso de armas químicas em Kafr Zita. Outro ataque aconteceu em 11 de abril, e as autoridades sírias e a oposição se culpam mutuamente.
No fim de abril, a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) anunciou a constituição de uma missão para investigar esse e outros supostos ataques com gás de cloro ocorridos nas semanas anteriores.
Há três dias a missão conjunta da ONU e da OPAQ no país árabe revelou que todas as reservas sírias de isopropanol, produto que utilizado para produzir gás sarin, tinham sido destruídas.
Ainda 7,2% dos materiais químicos declarados pelas autoridades sírias não foram levados ao exterior para serem eliminados. EFE
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