Vídeo detalha sequestro de francês por grupo vinculado ao EI

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 00h23
  • BlueSky

Cairo, 22 set (EFE).- O grupo Jund al-Khilafah (ou “Soldados do Califado”), vinculado à organização jihadista Estado Islâmico (EI), se declarou responsável nesta segunda-feira em um vídeo divulgado em fóruns da internet pelo sequestro do cidadão francês Hervé Pierre Gourdel na Cabília argelina.

No vídeo, com dois supostos jihadistas encapuzados e armados com fuzis, é dado o ultimato de 24 horas ao presidente francês, François Hollande, para que detenha a ofensiva de seu país contra o Estado Islâmico no Iraque. Caso isso não seja feito, os terroristas afirmam que decapitarão Gourdel, de 55 anos.

O refém, que aparece sentado entre os dois extremistas, diz ser um guia de turismo de montanha que chegou à Argélia em 20 de setembro e está sequestrado desde ontem “por um grupo armado argelino”.

Em mensagem dirigida a Hollande, Gourdel declara: “Este grupo me demanda que peça ao senhor para não intervir no Iraque”.

Além disso, pede ao presidente francês para fazer “todo o que esteja em seu poder” para libertá-lo.

Os dois primeiros minutos do vídeo, intitulado “Para o cachorro da França, Hollande”, mostram imagens do líder do EI, Abu Bakr al-Baghdadi, na mesquita da cidade iraquiana de Mossul, em sua única aparição pública, em 5 de julho deste ano.

Ao mesmo, é possível escutar o porta-voz do EI, Abu Mohammed al Adnani, em uma gravação divulgada hoje na internet na qual afirmou que mataria os cidadãos dos países que se somaram à aliança impulsionada pelos Estados Unidos contra os jihadistas.

“Se você pode matar um infiel americano ou europeu, especialmente o vingativo e sujo francês, ou um australiano ou um canadense, ou qualquer um dos infiéis que fazem a guerra, incluídos os cidadãos dos países que entraram na coalizão contra o EI, então confia em Deus e o mate de qualquer maneira”, diz ele.

Os Estados Unidos começaram a bombardear posições do EI no Iraque em 8 de agosto, uma estratégia a qual a França se uniu neste fim de semana, e está realizando intensas gestões para construir uma coalizão internacional – integrada, por enquanto, por cerca de 30 países – para reforçar esta campanha. EFE

  • BlueSky

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.