Violação do cessar-fogo em Benghazi, na Líbia, causa a morte de seis pessoas

  • Por Agencia EFE
  • 21/01/2015 10h27
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Trípoli, 21 jan (EFE).- Pelo menos seis pessoas morreram nas últimas horas durante confrontos entre milícias rivais líbias, na cidade de Benghazi, leste do país.

O atentado foi motivado pela violação do cessar-fogo declarado dias atrás, informaram nesta quarta-feira à Agencia Efe fontes da segurança local.

De acordo com a fonte, quatro das seis vítimas são soldados do general rebelde Khalifa Hafter, e o restante milicianos simpatizantes dos movimentos islamitas Maylis al Shura (Conselho da Shura) e Al Zuar de Benghazi.

As explosões que causaram a morte dos quatro soldados aconteceram nos bairros de Al Dolar e Cobri, em Benghazi, pouco depois que as forças governistas lideradas por Hafter bombardearam o porto da cidade (ataque que causou graves danos materiais na zona dos píeres). As tropas do general assumiram ainda o controle do bairro de Um Mabruqa, nos arredores de Benghazi.

No entanto, as milícias islamitas conseguiram conter o avanço das brigadas Especiais do Exército regular, “Saiqa” (Relâmpago) e “2 março”, que tentam dominar a segunda maior cidade do país, afirmou a segurança.

Os enfrentamentos entre os rivais ocorrem há dias, apesar do cessar-fogo unilateral declarado no fim de semana passado pelo Exército regular, dependente do governo de Tobruk, que apoia os soldados rebeldes.

O objetivo era apoiar as negociações entre os heterogêneos atores líbios, amparados pela ONU a fim de encontrar uma solução para a guerra civil que transformou o país norte-africano em um estado fracassado.

A Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (UNSMIL) se mostrou preocupada com as violações do cessar-fogo, que na segunda-feira custaram a vida de outras duas pessoas.

Em comunicado divulgado em seu site, a UNSMIL convidou as partes a “discutir e se comprometer a acelerar medidas concretas para consolidar a trégua e abordar qualquer violação” das mesmas.

A ONU tenta chegar a uma solução mediante o diálogo político entre as partes em conflito na Líbia, dirigido por dois governos e dois Parlamentos rivais (Trípoli e Tobruk), que junto a diferentes milícias lutam pelo poder desde a queda do regime do coronel Muammar Kadafi, em outubro de 2011, no qual a Otan desempenhou papel crucial. EFE

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