Violência de rebeldes ugandenses mantém 145 mil pessoas deslocadas

  • Por Agencia EFE
  • 12/11/2014 15h39

Johanesburgo, 12 nov (EFE).- A violência dos rebeldes ugandenses do Exército de Resistência do Senhor (LRA, por sua sigla em inglês) na República Centro-Africana (RCA), República Democrática do Congo (RDC) e Sudão do Sul obriga que 145 mil pessoas se mantenham em condição de deslocadas, informou nesta quarta-feira a ONU em comunicado.

O número corresponde ao período compreendido entre julho e setembro de 2014 e se refere ao número de pessoas que seguem sem poder voltar para suas casas por conta do risco de ser atacados por fundamentalistas cristãos do LRA, que lutam para instaurar em Uganda um regime baseado nos dez mandamentos.

Segundo a ONU, o LRA perpetrou neste ano 157 ataques e cometeu 22 assassinatos, além de ter sequestrado 432 pessoas na RC e RDC, países próximos a Uganda.

O grupo não comete desde 2013 nenhuma atrocidade no Sudão do Sul, que, no entanto, segue abrigando refugiados destes dois países por conta do LRA, liderado por Joseph Kony.

Desde que começou sua luta, no final do anos 80, Kony e seus seguidores sequestraram, torturaram, violentaram e mataram milhares de pessoas.

No começo do ano, Kony expressou através de uma carta sua vontade de retomar as conversas de paz com Uganda.

Suspeita-se que o líder do LRA -que não opera em Uganda desde 2006- esteja escondido em zonas florestais nos arredores de seu país.

Em 2005, o Tribunal Penal Internacional emitiu uma ordem de detenção contra Kony e outros líderes do LRA por crimes de guerra e contra a humanidade. EFE

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