Violência no Quênia entre janeiro e junho causou a morte de 310 pessoas

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2015 12h38

Nairóbi, 5 ago (EFE).- Pelo menos 310 pessoas perderam a vida e outras 216.294 fugiram de suas casas entre janeiro e junho de 2015 por causa da violência e dos conflitos étnicos no Quênia, segundo os dados divulgados pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (UNOCHA).

Conflitos políticos, disputas fronteiriças e territoriais não resolvidas, roubos de gado e conflitos pelo acesso aos recursos hídricos e às zonas de pasto são os principais motivos dos quase 300 incidentes registrados pela agência da ONU no primeiro semestre do ano.

As zonas do Quênia que mais conflitos registraram foram Turkana, Baringo, Samburu, Marsabit e Isiolo, especialmente entre as comunidades Pokot e Turkuna e entre Samburu e Turkana, que protagonizaram ataques como o de Nadome, em maio, no qual morreram uma centena de pessoas.

Mesmo assim, nos três primeiros meses do ano ocorreram menos ataques contra a população civil se comparado com os três últimos trimestres de 2014, incluída uma queda significativa dos ataques na zona litorânea.

No entanto, no segundo trimestre a tendência mudou e houve um aumento dos ataques em Garissa e Lamu, entre os quais destacam-se o ataque contra a Universidade de Garissa, que terminou com 148 mortos, dois incidentes registrados perto do campo de refugiados de Dadaab e uma tentativa de ataque a uma base militar.

Em consequência, estes ataques “aumentaram os riscos operacionais para o pessoal estrangeiro que trabalha no nordeste do país e foi reduzido o acesso das organizações e a prestação dos serviços sociais básicos”, denuncia o UNOCHA. EFE

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