Vítima de Abdelmassih fala sobre manifestação contra liberdade do ex-médico

  • Por Agencia Brasil
  • 28/08/2014 09h57
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Nesta quinta-feira (28), o programa Amazônia Brasileira entrevistou Vanuzia Leite Lopes, líder da Associação de Vítimas do ex-médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução humana, acusado de abusar sexualmente de mais de 60 ex-pacientes durante supostos procedimentos de fertilização, em 2009. Condenado a 278 anos de prisão, ele estava foragido da Justiça desde 2011, quando foi preso no Paraguai, na semana passada, pelo governo local com o apoio da Polícia Federal Brasileira.

Vanuzia e diversas associações de mulheres preparam uma manifestação com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para um detalhe que poderia colocar Abdelmassih em liberdade. Durante o período em que ficou preso, antes de sua fuga, a defesa de Abdelmassih entrou com recurso pedindo a anulação do julgamento anterior no qual ele foi condenado a 278 anos de prisão e alegando que não há provas de que o ex-médico teria cometido tais crimes. O recurso tem prazo de 100 dias para vencer e, caso não seja julgado, a condenação poderia perder a validade.

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A possível soltura de Roger assusta vítimas de seus crimes, já que o ex-médico é investigado por vários outros crimes e pode representar riscos. Além dos estupros, já existem investigações em curso sobre denúncias de diversas manipulações genéticas: ele teria misturado óvulos de mulheres inférteis com o de mulheres férteis, além de fazer o descarte de embriões, similar ao aborto, e até de misturar células-tronco de cavalo para “turbinar” os embriões, dentre outras investigações em curso.

Vanuzia fala aos ouvintes da Rádio Nacional da Amazônia sobre a manifestação que o grupo de vítimas no Facebook pretende montar para impedir que o benefício de prisão domiciliar ou de liberdade seja concedido ao ex-médico. Ela revela como o grupo na rede social ajudou na captura do criminoso.

Vanuzia fala, também, sobre a ação que deve ser impetrada por ela no Tribunal de Direitos Humanos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, responsável pelo habeas corpus concedido a Abdelmassih em 2009. Vanuzia alega sofrimento de todas as vítimas provocado pela liberdade do ex-médico e riscos à vida, devido a constantes ameaças que ela sofreu enquanto ele estava foragido.

 

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