Vítimas de atentado em estação de trêm na China são 2 suspeitos e passageiro

  • Por Agencia EFE
  • 04/05/2014 22h58

Pequim, 1 maio (EFE).- As autoridades da China confirmaram nesta quinta-feira que as três pessoas mortas no atentado ocorrido ontem em uma estação de trem na região autônoma chinesa de Xinjiang são dois suspeitos e um pedestre.

Segundo as investigações preliminares, os dois supostos agressores mortos estavam relacionados “com o ato de extremismo religioso”, sendo que um deles era um homem de 39 anos do condado de Xayar, no sul de Xinjiang.

O fato ocorreu ontem por volta das 19h10 locais (8h10 de Brasília) na saída da estação Sul de Urumqi, capital da região autônoma de Xinjiang, onde um grupo de pessoas armadas com facas atacou pedestres e detonou vários explosivos, causando a morte de três pessoas e deixando outras 79 feridas – quatro em gravidade.

De acordo com agências locais, a maioria dos feridos já recebeu alta do hospital, embora não haja um número confirmado.

Este ataque é o segundo atentado terrorista registrado em uma instalação ferroviária do país asiático em dois meses, após o ocorrido na cidade meridional de Kunming, onde 29 pessoas morreram e outras 143 ficaram feridas em um ataque similar.

A estação onde aconteceu o atentado de ontem é uma das três de Urumqi e a maior de Xinjiang.

O ataque em Xinjiang, que o governo chinês qualificou de “ato terrorista”, aconteceu menos de dois dias depois da visita do presidente da China, Xi Jinping, que foi à região autônoma justamente para cobrar um maior rigor na luta contra o terrorismo.

Após tomar conhecimento do fato, o presidente da China pediu mais empenho às autoridades, já que a luta contra grupos armados em Xinjiang é um trabalho “a longo prazo”.

Xinjiang, situada junto à fronteira com Afeganistão e Paquistão, é habitada por várias etnias muçulmanas ligadas aos povos da Ásia Central, como os uigures, e nela operam grupos terroristas ligados à organização radical islâmica Al Qaeda, segundo o governo chinês.

No entanto, grupos uigures no exílio acusam o governo da China de usar o terrorismo como desculpa para reprimir a religião e a cultura destas etnias. EFE

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