“Viúva negra de Kioto” será julgada por envenenar seu último marido

  • Por Agencia EFE
  • 10/12/2014 10h10
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Tóquio, 10 dez (EFE).- A japonesa conhecida como “a viúva negra de Kioto” será julgada pelo suposto envenenamento com cianureto de seu último marido, anunciou nesta quarta-feira a promotoria, enquanto a mulher é investigada pela morte de outros seis companheiros.

A promotoria de Kioto (oeste) anunciou hoje que acusará Chisako Kakehi, de 68 anos e batizada pela imprensa como “a viúva negra de Kioto” pelo assassinato de seu último marido, um caso que teve um grande impacto internacional.

Kakehi começou a ser investigada após descobrir que tinha herdado 100 milhões de ienes (cerca de US$ 835 mil) pagos por seguradoras e também em ativos herdados de várias companheiros ao longo de 20 anos.

Sua detenção aconteceu em 19 de novembro, depois que a autópsia praticada em seu último marido, Isao Kakehi, falecido em dezembro de 2013, detectou a presença de cianureto.

A acusação da promotoria usará como provas a evidência deste veneno escondida entre os pertences da mulher, disseram fontes ligadas ao caso à agência japonesa “Kyodo”.

Embora por enquanto a “viúva” só seja acusada pelo assassinato de seu último marido, as autoridades japonesas também averiguam a possível conexão da mulher com a morte de seus anteriores companheiros.

Isao Kakehi foi o quarto marido falecido desta mulher. O primeiro, com o qual manteve um longo casamento, morreu aos 54 anos em 1994, enquanto o segundo faleceu de um ataque do coração em 2006 aos 69 anos e o terceiro perdeu a vida em 2008 aos 75 anos.

A mulher também teve três namorados, um morto em 2009, e os outros dois em 2012 e 2013.

A Polícia de Osaka (sul de Tóquio) detectou restos de cianureto no sangue do corpo de um deles, um homem de 71 anos que morreu repentinamente em 2012 enquanto conduzia sua moto.

A mulher negou qualquer envolvimento nestes falecimentos, embora nos últimos dias tenha se mostrado “mais dubitativa” em suas declarações, segundo disseram fontes da investigação à “Kyodo”. EFE

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