Viúva recorre do arquivamento da investigação pela morte de Arafat

  • Por Agencia EFE
  • 17/09/2015 15h39
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Paris, 17 set (EFE).- Suha Arafat, a viúva do histórico líder palestino Yasser Arafat, recorreu do arquivamento por parte da justiça francesa da investigação aberta para esclarecer a morte de seu marido ao considerar que não foi até o final na fase de instrução, sobretudo pelos indícios de envenenamento.

“A instrução está longe de ter terminado”, disse à agência Efe Renaud Semerdjian, um dos advogados de Suha Arafat, que se queixou do caráter precipitado do arquivamento da instrução.

Semerdjian insistiu que a instrução deve continuar com “investigações complementares” para chegar “à verdade”.

O advogado ressaltou que eles haviam pedido a anulação da perícia feita por especialistas franceses, que concluíram que Yasser Arafat não tinha sido envenenado com polônio, contra o que tinham estabelecido outros especialistas suíços trabalharam por conta da mulher do líder palestino.

Além de manifestar dúvidas sobre as amostras utilizadas para os especialistas franceses chegarem a essa conclusão, o advogado apontou que de qualquer forma não puderam estabelecer as causas da morte, no hospital militar de Percy, nos arredores de Paris, em 11 de novembro de 2004.

Semerdjian lembrou que seus peritos, por sua vez, tinham determinado que Arafat não faleceu por causas naturais. Por isso pediram que as novas investigações fossem realizadas por outros especialistas.

A instrução na França por “assassinato” foi aberta em 2012 quando Suha Arafat apresentou uma denúncia “contra X” -sem identificar especificamente um suposto responsável.

O recurso formalizado agora não será examinado pelos mesmos juízes instrutores que decidiram pelo arquivamento, mas pela sala de instrução do Tribunal de Apelação de Versalhes, que não tem um prazo para opinar.

O advogado, em qualquer caso, disse esperar que sua cliente tenha uma resposta “o mais rapidamente possível”.

Arafat começou a sofrer sintomas de um transtorno gastrointestinal em 12 de outubro de 2004 e, após uma série de complicações que agravaram seu estado, foi levado desde Ramala ao hospital militar parisiense de Percy, onde morreu. EFE

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