“Vivemos em uma era de antissemitismo emergente e violento”, afirma Netanyahu
Jerusalém, 27 jan (EFE).- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira que “vivemos em uma era de antissemitismo emergente e violento” e reiterou que o acordo que as potências internacionais negociam com o Irã “é perigoso para Israel”.
“Preservar a memória do Holocausto hoje é mais importante que nunca. Vivemos em uma era de antissemitismo emergente e violento”, declarou o chefe do Executivo israelense em um ato realizado no Museu do Holocausto de Jerusalém (Yad Vashem) por ocasião do Dia Internacional do Holocausto.
Netanyahu assegurou que sua “função como primeiro-ministro de Israel é que não haja outra ameaça de destruição sobre Israel… Que não haja necessidade de criar outros monumentos comemorativos como Yad Vashem”.
O primeiro-ministro conservador reiterou sua posição em relação à negociação do denominado grupo dos 5+1 com Teerã e destacou que “o acordo negociado com o Irã é perigoso para Israel e deixa em suas mãos capacidades para construir uma arma nuclear. Não poderemos viver com um acordo assim”.
O 70º aniversário da libertação do campo de extermínio nazista de Auschwitz-Birkenau foi recordado hoje em Israel com diferentes atos, embora a jornada nacional em lembrança das vítimas do Holocausto se lembre uma semana antes do dia da Independência, segundo o calendário hebreu, entre abril e maio.
Netanyahu participou da inauguração de uma exposição no museu de Jerusalém intitulada “O tormento da libertação refletido na arte, 1945-2947”.
A mostra apresenta 30 obras da coleção artística do museu realizadas durante a libertação do campo ou imediatamente depois por 17 autores: 15 sobreviventes, um membro das forças que o libertaram e uma testemunha.
Os trabalhos refletem tanto o momento da libertação, assim como a devastação e o sentimento de perda que os sobreviventes encontraram após seu retorno a seus lugares de origem.
Além da exposição, a sinagoga do Museu abrigou o ato central da jornada, onde estava prevista a transmissão ao vivo do discurso pronunciado pelo diretor da Instituição, Avner Shalev, perante a Assembleia Geral da ONU em Nova York.
Outra mostra que abriu suas portas hoje em Yad Vashem foi “Medicina Mortal: Criando a Raça Mestra”, doada pelo Museu Memorial do Holocausto de Washington, que oferece uma visão dos métodos empregados pelo regime nazista para preservar o que denominavam como “pureza racial”.
O Museu do Holocausto, que lembra os mártires e heróis do Holocausto, foi inaugurado em 1953 em Jerusalém com o objetivo de lembrar às vítimas, documentar e investigar esse obscuro capítulo da história da humanidade e educar sobre o genocídio. EFE
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