Volta do ecstasy e novas drogas sintéticas preocupam autoridades na Europa

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2014 12h34
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Lisboa, 27 mai (EFE).- Com uma queda ou estagnação do consumo de drogas mais conhecidas, como maconha, cocaína e heroína (no caso da Europa), o retorno do ecstasy e a aparição de novas drogas sintéticas centram a preocupação das autoridades europeias.

Segundo o último relatório anual do Observatório Europeu das Drogas e Toxicomanias (OEDT) – que analisa os 28 países da UE mais Noruega e Turquia -, publicado nesta terça-feira em Lisboa, o consumo de ecstasy (MDMA) e metanfetamina, historicamente marginalizadas no continente, está em ascensão.

A reaparição do ecstasy de alta qualidade, seja em pó ou em pastilhas, está associada à produção de drogas extremamente potentes, muitas delas produzidas em grandes laboratórios, como o que foi desmantelado na Bélgica no ano passado.

A metanfetamina, tradicionalmente restrita ao sudeste asiático e aos Estados Unidos, se propagou na sudeste da Europa (Grécia, Chipre e Turquia), embora de forma limitada.

Relacionada com as festas de “sexo e drogas”, esta substância pode ser fumada ou injetada e representa um grande desafio sanitário e social.

“A metanfetamina não tem uma só cara e será necessário se adaptar e desenvolver as respostas apropriadas segundo as pautas locais de consumo e aos problemas observados”, assinala o relatório.

Durando o ano de 2013, 81 novas drogas foram detectadas, fato que elevou o número de catalogadas para mais de 350 no continente.

Entre elas, o comitê científico do OEDT identificou “quatro potentes e perigosas substâncias”: 25I-NBOMe, AH-7921, MDPV e metoxetamina, que podem ser mais nocivas que o LSD (alucinógeno), morfina (opiáceo), cocaína (estimulante) e ketamina (remédio com propriedades analgésicas e anestésicas).

Drogas amplamente conhecidas, como a cocaína, heroína e a maconha, atravessam uma tendência de estabilização ou de regressão na Europa, apontou o OEDT.

No entanto, a cocaína segue como umas das drogas mais consumidas na Europa, principalmente em países da Europa ocidental, onde, apesar de registrar uma pequena diminuição, ainda apresenta uma alta prevalência.

No total, cerca de 14 milhões de adultos europeus (de 15 a 64 anos) já consumiram esta droga ao menos uma vez.

Já a maconha, “estável ou em descenso, especialmente entre os jovens”, segundo o observatório, lidera o parágrafo relacionado ao consumo: cerca de 73,5 milhões de europeus já fumaram essa substância alguma vez. EFE

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