Yellen considera que há condições para uma alta da taxa de juros

  • Por Agencia EFE
  • 15/07/2015 12h25
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Washington, 15 jul (EFE).- A presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, considerou nesta quarta-feira que as condições econômicas dos Estados Unidos são as adequadas para uma alta da taxa de juros neste ano, mas que o momento preciso é algo que será estudado pelo Comitê de dito organismo em cada uma de suas reuniões.

No texto preparado para seu comparecimento semestral perante o Congresso para comentar a situação econômica e a política monetária, Yellen destacou os progressos no objetivo de conseguir o pleno emprego e disse que “algumas amostras de lentidão” dadas pela economia “parecem ser resultado de fatores transitórios”.

“Se a economia evoluir como está previsto, as condições econômicas podem ser apropriadas para um aumento das taxas de juros de referência em algum momento neste ano, para começar a normalizar a política econômica”, disse Yellen no texto de seu discurso.

A presidente do Federal Reserve lembrou que os juros de referência nos EUA estão entre 0% e 0,25%, uma situação que prevalece desde o final de 2008. Logo, esta seria a primeira alta do preço do dinheiro desde 2006.

Além da força do mercado de trabalho no objetivo do Fed de conseguir o pleno emprego, Yellen destacou, no entanto, que “a inflação continuou abaixo do nível que o Mercado Aberto considera como o mais adequado a longo prazo” para promover a estabilidade de preços.

A taxa de desemprego nos EUA fechou em junho em 5,3%, a mais baixa desde a explosão da crise financeira de 2008, mas a inflação se mantém rondando os terrenos negativos, dos quais saiu em maio ao marcar um índice anual de 0%, muito longe dos 2% marcados como desejável pela Fed.

A presidente do Federal Reserve também atribuiu as amostras de “lentidão” da economia americana a “fatores transitórios”, como o duro inverno que afetou o rendimento no início de ano, uma greve portuária no litoral Oeste, e também “irregularidades estatísticas”.

A economia americana registrou um crescimento negativo a uma taxa anual de 0,2% durante o primeiro trimestre do ano mas, segundo Yellen, os dados disponíveis sugerem um ritmo moderado de crescimento do PIB no segundo trimestre, “à medida que essas influências se dissiparem”. EFE

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