Yellen considera que há condições para uma alta da taxa de juros
Washington, 15 jul (EFE).- A presidente do Federal Reserve (Fed), Janet Yellen, considerou nesta quarta-feira que as condições econômicas dos Estados Unidos são as adequadas para uma alta da taxa de juros neste ano, mas que o momento preciso é algo que será estudado pelo Comitê de dito organismo em cada uma de suas reuniões.
No texto preparado para seu comparecimento semestral perante o Congresso para comentar a situação econômica e a política monetária, Yellen destacou os progressos no objetivo de conseguir o pleno emprego e disse que “algumas amostras de lentidão” dadas pela economia “parecem ser resultado de fatores transitórios”.
“Se a economia evoluir como está previsto, as condições econômicas podem ser apropriadas para um aumento das taxas de juros de referência em algum momento neste ano, para começar a normalizar a política econômica”, disse Yellen no texto de seu discurso.
A presidente do Federal Reserve lembrou que os juros de referência nos EUA estão entre 0% e 0,25%, uma situação que prevalece desde o final de 2008. Logo, esta seria a primeira alta do preço do dinheiro desde 2006.
Além da força do mercado de trabalho no objetivo do Fed de conseguir o pleno emprego, Yellen destacou, no entanto, que “a inflação continuou abaixo do nível que o Mercado Aberto considera como o mais adequado a longo prazo” para promover a estabilidade de preços.
A taxa de desemprego nos EUA fechou em junho em 5,3%, a mais baixa desde a explosão da crise financeira de 2008, mas a inflação se mantém rondando os terrenos negativos, dos quais saiu em maio ao marcar um índice anual de 0%, muito longe dos 2% marcados como desejável pela Fed.
A presidente do Federal Reserve também atribuiu as amostras de “lentidão” da economia americana a “fatores transitórios”, como o duro inverno que afetou o rendimento no início de ano, uma greve portuária no litoral Oeste, e também “irregularidades estatísticas”.
A economia americana registrou um crescimento negativo a uma taxa anual de 0,2% durante o primeiro trimestre do ano mas, segundo Yellen, os dados disponíveis sugerem um ritmo moderado de crescimento do PIB no segundo trimestre, “à medida que essas influências se dissiparem”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.