Zarif vê mais de 50% de chances de Irã chegar a acordo nuclear com 5+1

  • Por Agencia EFE
  • 08/03/2015 05h52
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Teerã, 8 mar (EFE).- O ministro de Assunto Exteriores do Irã, Mohamad Javad Zarif, acredita que existe mais de 50% de chances de seu país e o Grupo 51 (Estados Unidos, China, França, Reino Unido e Rússia, mais a Alemanha) chegarem a um acordo para o desenvolvimento nuclear do país asiático.

Em entrevista divulgada neste domingo pelas agências iranianas “Irna” e “Fars”, Zarif se mostrou confiante com o andamento das negociações e com a vontade das partes de chegar a um acordo.

“Há ainda mais de 50% de probabilidades de alcançarmos um acordo, e acho que ambas as partes acreditam que o êxito e o alcance de um acordo será muito melhor e mais útil do que uma falha nas negociações”, indicou o ministro.

Para Zarif, no entanto, um fracasso neste sentido não será “o fim do mundo”, mas um desperdício de “tempo e de prestígio político” dos participantes das negociações.

O ministro insistiu que do ponto de vista iraniano a suspensão das sanções que pesam sobre seu país impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas só depende da “vontade política” do Ocidente para serem efetivas, já que não há nenhum problema técnico nem legal para fazê-lo.

Ele ressaltou que existirão possibilidades de fracasso até chegarem a um acordo global em todos os detalhes das conversas.

“Enquanto não houver um acordo em todos os temas, nada terá sido estipulado”, acrescentou.

O Irã e representantes do Grupo 51 completaram na semana passada uma nova rodada de negociações em busca de consenso sobre o desenvolvimento nuclear iraniano.

Todos os envolvidos reconheceram avanços nas reuniões, que seguem sob a premissa de que o Irã reduzirá sua capacidade nuclear para evitar suspeitas de eventual uso bélico em troca da suspensão das sanções econômicas que o Ocidente mantém sobre Teerã.

O prazo imposto pelos negociadores para chegar a um acordo expira no final de junho, mas é consensual a premissa de que para cumprir esse prazo é necessário alcançar um acordo marco antes do final de março. EFE

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