Zona do euro repassa 13 bilhões de euros para Grécia e 10 bilhões para bancos

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2015 07h57
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Bruxelas, 20 ago (EFE).- O fundo permanente de resgate da zona do euro, o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), desembolsou nesta quinta-feira os primeiros 13 bilhões de euros que a Grécia receberá em seu terceiro resgate, e outros 10 bilhões foram transferidos a uma conta em Luxemburgo para recapitalizar os bancos gregos.

“O desembolso de hoje do MEE permitirá à Grécia cumprir com suas obrigações financeiras urgentes com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Central Europeu, e outras necessidades orçamentárias”, destacou o diretor-gerente do fundo, Klaus Regling, em comunicado.

Este pagamento permitiu a Atenas devolver 3,4 bilhões de euros ao Banco Central Europeu e 7,16 bilhões de euros do empréstimo-ponte que recebeu de seus parceiros do euro em julho, afirmou àa Efe uma fonte do Escritório de Gestão da Dívida Pública (PDMA) da Grécia.

A junta de diretores do MEE, formada pelos “números dois” dos ministros de Finanças e Economia dos países do euro, deu seu sinal verde ao desembolso “imediato” dos 13 bilhões à Grécia, depois de o programa e suas condições receberem o sinal verde da direção do fundo na terça-feira.

Este dinheiro faz parte da primeira parcela do resgate, que soma 26 bilhões de euros, formado pelos 13 bilhões, mais outros 10 bilhões destinados à “potencial recapitalização ou liquidação” dos bancos gregos.

Este valor, armazenado em uma conta separada do MEE em Luxemburgo, só pode ser entregue se a Grécia, entre outras coisas, pedir, e se a “autoridade competente de recapitalização e resolução confirmar a quantidade”, e depois ainda será necessário o sinal verde da junta de diretores do MEE.

“Estes 10 bilhões de euros contribuirão para estabilizar o setor bancário, cuja situação se deteriorou bruscamente depois da imposição dos controles de capital em junho”, afirmou Regling.

Os três bilhões restantes serão entregues no mais tardar em 30 de novembro, assim que a Grécia cumprir as “ações prioritárias” exigidas pelos sócios como sua contrapartida do acordo.

“Estou aliviado porque, após intensas negociações com o governo grego e a aprovação de nossos membros, todas as condições se dão agora para fazer este desembolso a tempo”, ressaltou Regling.

O resgate à Grécia pode chegar a 86 bilhões de euros, e a contribuição europeia dependerá da participação do Fundo Monetário Internacional no programa, que será decidida nos próximos meses. EFE

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