Zonas francas colombianas se aproximam de pólos industriais brasileiros
São Paulo, 13 mai (EFE).- Uma comitiva das zonas francas colombianas iniciou nesta terça-feira uma visita às cidades de São Paulo, Campinas e Porto Alegre com o propósito de promover os investimentos de empresas brasileiras no país vizinho.
A missão, coordenada pelo Proexport, escritório estatal de promoção às exportações, investimentos e o turismo da Colômbia, começou sua agenda em São Paulo, onde realizou hoje um seminário empresarial.
O gerente de Investimento Estrangeiro do Proexport, Santiago Viera, expôs à classe empresarial paulista as vantagens da Colômbia, em particular das zonas francas, que gozam de privilégios em matéria de impostos e benefícios fiscais que as tornam mais atrativas para os investimentos estrangeiros.
Viera ressaltou o potencial oferecido em seu país para a instalação de empresas dos setores energético, petroleiro, têxtil, de infraestrutura, de autopeças e pôs ênfase no de biocombustíveis.
“Passamos a estar entre as 20 nações mais petrolíferas do mundo, mas também somos grandes produtores de óleo de palma e cana-de-açúcar – matérias-primas de biodiesel e etanol -, o que dá muitas possibilidades de atuação às empresas brasileiras que dominam esse setor”, comentou Vieira a jornalistas.
A delegação colombiana, integrada pelos escritórios regionais Invest in Santander, Invest Pacífico, Probarranquilla, Zona Franca do Caribe de Barranquilla, Invest in Pereira, Zona Franca Bogotá e ACI Medellín, se reunirá com representantes de 110 empresas brasileiras que mostraram interesse em atuar na Colômbia.
Campinas e Porto Alegre serão os outros dois destinos esta semana da missão colombiana.
O diretor do Proexport no Brasil, Alejandro Peláez, ressaltou outros setores menos tradicionais, mas que contam com um grande potencial para os investimentos estrangeiros, como são os de serviços terceirizados, software e tecnologia da informação e o de cosméticos e higiene pessoal, entre outros.
A Colômbia, segundo o Proexport, é o quarto maior destino dos investimentos brasileiros e o segundo na América Latina, com um acumulado desde 2000 de US$ 1,8 bilhão.
Em 2013, o Investimento Estrangeiro Direto (IED) na Colômbia alcançou os US$ 16 bilhões.
Um plano de projetos de infraestrutura de US$ 25 bilhões, uma taxa de crescimento média nos últimos anos de 4%, que supera os 3,2% na região, e a estabilidade econômica com uma baixa inflação e redução do desemprego, sustentam a oferta colombiana, ressaltou Vieira em sua exposição.
O Produto Interno Bruto (PIB) per capita, que dobrou entre 2000 e 2012, e a projeção que a metade da população na próxima década estará dentro da classe média em um país de 47 milhões de habitantes, tornam o mercado colombiano “mais competitivo”, afirmou o Proexport em comunicado. EFE
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