Zoológico de Tóquio voltará a tentar reprodução assistida de um panda gigante

  • Por Agencia EFE
  • 19/08/2015 08h37
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Tóquio, 19 ago (EFE).- O zoológico de Tóquio tentará conseguir que um de seus pandas gigantes tenha filhotes por meio de inseminação artificial no próximo outono, em um complexo procedimento completado com sucesso pela última vez neste parque há quase três décadas, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

O jardim zoológico de Ueno, no norte de Tóquio, conseguiu o nascimento de três filhotes desta espécie por reprodução assistida entre 1985 e 1988, enquanto em 2013, o casal de pandas formado pela fêmea Shin Shin e o macho Li Li deu à luz a um pequeno urso concebido por reprodução natural, mas o filhote morreu seis dias depois.

Após comprovar que o casal não teve relações nas primaveras de 2014 e 2015, os responsáveis do zoológico decidiram realizar a inseminação artificial de Shin Shin com esperma de Li Li no próximo outono, segundo afirmou um porta-voz do centro ao jornal japonês “Yomiuri”.

No entanto, ainda cabe a possibilidade que os pandas copulem no outono apesar da principal época de acasalamento ser a primavera, em cujo caso o procedimento de inseminação artificial seria suspenso, acrescentou o porta-voz.

A inseminação artificial dos pandas é realizada no limitado período em que as fêmeas são férteis – vários dias dentro das aproximadamente duas semanas que dura o período de zelo -, e o zoológico de Tóquio realizou até nove tentativas sem sucesso entre 1994 e 2004.

Shin Shin e Li Li, as grandes atrações do parque de Ueno, chegaram a Tóquio cedidos pela China em fevereiro de 2011 no meio de uma grande expectativa, já que não havia nenhum exemplar de panda gigante na cidade desde abril de 2008.

O panda gigante é um dos animais em maior perigo de extinção devido à dificuldade que tem para reproduzir-se, um problema derivado da perda de habitat e da endogamia.

A estimativa é que cerca de mil pandas gigantes vivem em liberdade, principalmente nas florestas das províncias chinesas de Sichuan, Shanxi e Gansu, e quase 300 permanecem em cativeiro no mundo todo. EFE

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